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16/Oct/2025

Gasolina: importação brasileira avança em outubro

Segundo a StoneX, as importações de gasolina pelo Brasil devem se manter em alta até o final do ano. Já se observa aumento a partir deste mês. Para outubro, a previsão é de um volume em torno de 200 mil metros cúbicos (m³), que ainda pode subir até o final do período. Em setembro, a importação total de gasolina ficou em 166 mil m³. O aumento das cargas externas do combustível é um dos motivos que fizeram aumentar a expectativa por uma queda de preço nas refinarias da Petrobras. O último reajuste da gasolina pela estatal foi no dia 3 de junho, uma queda de R$ 0,17 por litro, e a diferença em relação ao mercado internacional era de 9% acima do preço de paridade de importação (PPI) no fechamento de terça-feira (14/10).

Entre os motivos para o aumento de importação, está a expectativa de crescimento da demanda por gasolina no quarto trimestre tanto pela dinâmica de maior consumo nesse período do ano do que em outros trimestres, que é sazonal e é uma dinâmica interna, quanto também para uma relação da gasolina mais favorável do que ao etanol hidratado, ou seja, a gasolina deve ganhar mais presença no mix de combustíveis leves até o final do ano. A Petrobras tem estado com uma diferença em relação aos preços internacionais de R$ 0,29 por litro, de acordo com as estimativas da Stonex.

Essa janela para importação tem se mantido aberta desde o início de setembro. Isso pode ter influenciado a decisão de importar mais gasolina nesse período, que se reflete agora em outubro e pode se refletir ainda em novembro também. A situação pode se prolongar até dezembro. Apesar de estar crescendo desde setembro, o número global de importações de gasolina no Brasil vem recuando em relação ao ano passado. Isso porque a produção doméstica de gasolina tem aumentado bastante e por conta do avanço de biocombustíveis no País, especificamente o etanol anidro na mistura de E30 (30% etanol na gasolina) que começou no segundo semestre.

Porém, algumas regiões do País são mais sensíveis em termos de abastecimento, como as Regiões Norte e Nordeste, e, pela dificuldade logística, mantém um volume cativo de importação. São regiões que estão afastadas dos principais centros de processamento de petróleo e então há alguns custos para internalizar essa gasolina, o que acaba favorecendo importações de gasolina nessas regiões. As importações devem se manter principalmente via Norte e Nordeste e em alguns momentos de maior demanda, como no quarto trimestre. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.