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07/Oct/2025

Açúcar: preço pressionado no mercado doméstico

Em São Paulo, no mercado spot, desde o início oficial da safra de cana-de-açúcar 2025/2026, em abril deste ano, as médias mensais do Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar cristal branco, cor Icumsa de 130 a 180 têm ficado abaixo das registradas no mesmo período do ano passado. Em setembro/2025, foi observada a maior diferença negativa até o momento. A média do Indicador CEPEA/ESALQ em setembro/2025 foi de R$ 118,65 por saca de 50 Kg, 0,9% inferior à de agosto/2025 (R$ 119,73 por saca de 50 Kg) e queda de expressivos 17,54% frente à de setembro/2024, quando a média real era de R$ 143,88 por saca de 50 Kg (valores corrigidos pelo IGP-DI de agosto/2025). O recuo dos preços domésticos nesta safra pode estar sendo influenciado pelos patamares mais baixos das cotações internacionais do açúcar demerara.

Por exemplo, em setembro deste ano, o primeiro vencimento negociado na Bolsa de Nova York variou entre 15,00 e 16,00 centavos de dólar por libra-peso, enquanto no mesmo período do ano passado, operava de 18,00 a 23,00 centavos de dólar por libra-peso. A demanda interna também não tem mostrado sinais de aquecimento que sustentem os preços do açúcar. Nota-se uma redução nas vendas de produtos à base de açúcar no varejo. Além disso, ao longo da safra 2025/2026, usinas de São Paulo têm aumentado o volume da cana-de-açúcar para a produção de açúcar. Segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), na primeira quinzena de setembro/2025, usinas de São Paulo produziram 2,368 milhões de toneladas de açúcar, volume 19,79% superior ao da mesma quinzena do ano passado, resultado do maior mix de produção destinado ao açúcar, que atingiu 60,89%.

Na última semana, o Indicador CEPEA/ESALQ registrou o menor patamar nominal desde o início da temporada 2025/2026, de R$ 115,64 por saca de 50 Kg na quarta-feira (1º/10). A média do Indicador é de R$ 116,85 por saca de 50 Kg, baixa de 1,68% nos últimos sete dias (R$ 118,85 por saca de 50 Kg). No mercado internacional, as cotações do açúcar demerara na Bolsa de Nova York encerraram a semana passada com recuperação parcial, após forte desvalorização. Na quarta-feira (1º/10), a Bolsa informou a entrega de pouco mais 30 mil lotes, o equivalente a 1,52 milhão de toneladas de açúcar, no vencimento do contrato Outubro/2025, um dos maiores volumes já registrados para esse mês de vencimento.

Apesar do cenário pressionado por expectativas de superávit na produção global de açúcar na safra 2025/2026, os preços do demerara voltaram a subir nos dias seguintes. A trading Czarnikow estima excedente mundial de 7,4 milhões de toneladas para o próximo ciclo, e a StoneX projeta superávit mais moderado, de 2,8 milhões de toneladas na atual temporada. O contrato Março/2026 na ICE Futures está cotado a 16,47 centavos de dólar por libra-peso, alta de 0,55% nos últimos sete dias. Em São Paulo, no atacado, o Indicador do Cristal Empacotado está cotado a R$ 15,05 por saca de 5 Kg, retração de 0,28% nos últimos sete dias. O açúcar refinado amorfo está cotado a R$ 3,60 por saca de 1 Kg, queda de 1,4% no mesmo período. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.