07/Oct/2025

O mercado futuro de açúcar demerara na Bolsa de Nova York passou por correção técnica nas duas últimas sessões da semana passada e chegou a acumular ganho de 0,55% na semana. A tendência, no entanto, ainda parece ser de baixa, tendo em vista a ampla oferta do Centro-Sul do Brasil e as boas perspectivas para a safra 2025/2026 na Índia e na Tailândia. Segundo a ED&F Man, o demerara continua enfrentando pressão da expectativa de superávit no mercado global. A Czarnikow elevou em 1,2 milhão de toneladas sua estimativa de excedente em 2025/2026, para 7,4 milhões de toneladas, o que representaria o maior superávit desde o ciclo 2017/2018.

No Centro-Sul do Brasil, a produção de açúcar na primeira quinzena de setembro totalizou 3,622 milhões de toneladas, aumento de 15,72% na comparação anual, segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica). No acumulado da safra 2025/2026 até 16 de setembro, a produção alcançou 30,39 milhões de toneladas. Com isso, praticamente igualou o volume registrado em igual período do ciclo anterior, de 30,41 milhões de toneladas. Na Índia e na Tailândia, condições favoráveis dão suporte à expectativa de maiores exportações no ciclo 2025/2026. A Associação Indiana de Fabricantes de Açúcar e Bioenergia (Isma) prevê uma produção de 34,9 milhões de toneladas de açúcar na safra que se iniciou agora, aumento de cerca de 18% ante a temporada 2024/2025.

Na Tailândia, a Thai Sugar Miller Corp estimou uma produção de 10,5 milhões de toneladas em 2025/2026, aumento de 5% ante o ciclo anterior. Para a ED&F Man, apenas dois fatores poderiam restringir a oferta de açúcar na temporada global 2025/2026: uma reversão do mix açucareiro no Brasil e a relutância da Índia em exportar devido aos baixos preços internacionais da commodity. Embora a mudança no mix seja improvável na atual temporada do Centro-Sul, se torna plausível para 2026, já que os estoques de etanol continuam baixos. Porém, se o petróleo cair, o mix talvez não precise ser revertido. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.