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07/Oct/2025

RenovaBio: revisada projeção de depósitos de CBios

O Itaú BBA revisou para cima sua estimativa de depósitos de créditos de descarbonização (CBios) em 2025. Para a geração a partir do etanol, os CBios devem chegar a 34 milhões. A venda de etanol está forte, mais resiliente do que se esperava. A estimativa de vendas de etanol combustível é de uma queda de apenas 2% em 2025 em comparação com 2024, mantendo a maior participação do etanol de milho em 29% em 2025, frente aos 23% em 2024. A estimativa para a geração de CBios a partir do biodiesel é de crescimento de 8% em 2025, com o início do mandato do B15 de 1º de agosto até o fim do ano, totalizando 7,7 milhões de CBios. Somando aos 200 mil créditos gerados pelo uso do bio-GNV, o total gerado em 2025 deverá ser de 41,9 milhões de CBios, 1,1 milhão de créditos acima da estimativa anterior. O somatório das metas individualizadas de 2025 é de 49,5 milhões de CBios, espera que ainda 7,4 milhões não sejam aposentados (distribuidoras inadimplentes).

Deve-se observar um volume de 42,1 milhões de créditos de descarbonização aposentados. Caso as estimativas se confirmem, no balanço dos créditos de descarbonização os estoques finais de 2025 devem ser de 16,4 milhões de CBios. No caso de a totalidade das metas serem aposentadas, caindo para zero a inadimplência, ainda permaneceriam 9,0 milhões de CBios excedentes no mercado. Isso deixa claro que existe um excedente de CBios, além de qualquer inadimplência. Para 2026, a estimativa é de que o ano-meta terá incremento da geração de CBios de 7%, alcançando 44,7 milhões de créditos. Do lado da demanda, considerando que a meta compulsória permaneça em 48,1 milhões de CBios, os rumores indicam que o desconto de meta resultante dos contratos de longo prazo deve subir para 3,0 milhões de CBios, acima dos 1,5 milhão de 2024.

Essa situação indica que os estoques permaneceriam estáveis no ano, ou seja, a situação dos preços dos CBios deveria permanecer em níveis baixos. Sobre o valor dos CBios, o mercado apresentou grande volatilidade em setembro, começando com R$ 32,00 por crédito de descarbonização, atingindo R$ 50,00 e terminando o mês próximo de R$ 41,00. Isso pode ser visto como uma recuperação do pessimismo exagerado que tomou conta do mercado após uma nova sequência de judicializações em agosto, que reduziu significativamente o efeito da legislação mais rigorosa contra as distribuidoras inadimplentes no “PL do CBios”. No entanto, a forte venda dos produtores de biocombustíveis reforça a elevada oferta de créditos neste ano. O que se observa no mercado de créditos de descarbonização é reflexo das fortes vendas de biocombustíveis. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.