29/Sep/2025
Os contratos futuros de açúcar demerara fecharam em alta na sexta-feira (26/05) na Bolsa de Nova York. O contrato com vencimento em março/2026 ganhou 10 pontos (0,61%), e fechou a 16,38 centavos de dólar por libra-peso. Os preços foram impulsionados pelo recuo do dólar diante do Real, que limita o interesse das usinas brasileiras por exportações. Além disso, o petróleo valorizado nos mercados internacionais foi altista para o açúcar, melhorando a competitividade relativa do etanol. Sinais de demanda fortalecida também deram suporte.
Na China, as importações também seguem firmes: em agosto, o país adquiriu 830 mil toneladas, 7,5% a mais que no igual mês de 2024, segundo informações divulgadas pelo Departamento de Alfândegas da China (GACC). No acumulado de 2025, as compras somam 2,61 milhões de toneladas, crescimento de 5,1% sobre o ano anterior. Somado a isso, o Paquistão realizou a compra de 320 mil toneladas de açúcar, com entrega prevista já para o próximo mês. Contudo, os preços ainda encontram barreiras para avançar de forma consistente. No Brasil, maior exportador global, a moagem do Centro-Sul já superou 404 milhões de toneladas até agosto, com mix açucareiro recorde, acima de 52%.
Mesmo com produtividade agrícola 8% menor que a do ciclo passado e queda de 10% na produção de etanol, a oferta de açúcar segue elevada. Consultorias como a StoneX e a Hedgepoint projetam superávit global na safra 2025/2026, puxado não só pelo Brasil, mas também pela expectativa de safras robustas em importantes produtores asiáticos, como a Índia e a Tailândia. Com uma perspectiva mais confortável para o abastecimento nos próximos meses, os preços futuros da matéria-prima enfrentam dificuldades para ganhar tração.