29/Sep/2025
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e a Receita Federal anunciaram na sexta-feira (26/09) a interdição da Refit, ex-Refinaria de Manguinhos, por diversas irregularidades encontradas na unidade após operação realizada nos dias 25 e 26 de setembro. A interdição é por tempo indeterminado. Não há evidências de que ocorra processo de refino de petróleo na unidade da Refit. Entre as irregularidades estão o descumprimento de medida regulatória cautelar para acesso de outras distribuidoras; suspeita de importação irregular de gasolina não especificada, para burlar tributos; utilização de tanques não autorizados; e falta de controle de vazão de volumes; entre outros. Foi aberto um processo administrativo para ampla defesa da Refit.
A Receita Federal afirmou que a operação realizada na sexta-feira (26/09), que reteve novas cargas de combustíveis suspeitos, em dois navios, no valor de R$ 290 milhões, algo que se assemelha à operação realizada na semana anterior, quando a suspeita sobre a Refit já havia sido levantada por fontes próximas ao assunto. A Refit informou que sempre atuou de forma transparente, fornecendo regularmente informações à ANP sobre suas operações, e cumprindo todas as normas que regem o setor, inclusive no processo de importação de matérias primas. A empresa foi questionada sobre a operação realizada nas instalações da refinaria pela ANP.
A Refit afirmou ainda que tem 70 anos de tradição no refino de petróleo e sempre esteve alinhada ao compromisso de elevar a qualidade dos combustíveis no Brasil. "Essa dedicação se traduz em rigor e compliance ao longo da cadeia de distribuição, a fim de impedir que seus produtos sejam adulterados ou comercializados por estabelecimentos comandados por facções criminosas", informou. Segundo fontes, 15 agentes da ANP estiveram nos dias 25 de 26 de setembro na Refit para fiscalizar suspeitas de que a empresa seria o destino final de cargas de combustível que teriam sido retidas pela Receita Federal, no âmbito da operação Cadeia de Carbono, o que é negado pela companhia. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.