25/Sep/2025
Os contratos futuros de açúcar demerara fecharam em leve baixa nesta quarta-feira (24/09) na Bolsa de Nova York. O contrato com vencimento em março/2026 perdeu 2 pontos (0,12%), e fechou a 16,13 centavos de dólar por libra-peso. Os preços foram pressionados pelo avanço do dólar diante do Real, o que tende a estimular as exportações brasileiras. Contudo, os ganhos do petróleo limitaram as perdas, uma vez que o combustível fóssil valorizado melhora a competitividade relativa do etanol. Perspectivas de ampla oferta global também pesaram sobre as cotações.
Consultorias como StoneX e Hedgepoint destacaram que a safra global 2025/2026 tende a registrar superávit, reflexo da maior produção no Brasil, Índia e Tailândia. Esse cenário mantém as cotações limitadas ao intervalo entre 15,00 e 17,00 centavos de dólar por libra-peso, com resistência de médio prazo em torno de 17,00 a 18,00 centavos de dólar por libra-peso. Com uma perspectiva mais confortável para o abastecimento nos próximos meses, os preços futuros da matéria-prima enfrentam dificuldades para ganhar tração.
No Brasil, a moagem do Centro-Sul já superou 404 milhões de toneladas até agosto, segundo o Rabobank, cerca de dois terços do total esperado para 2025/2026. A produtividade agrícola caiu 8% frente ao ciclo anterior, mas o mix açucareiro recorde (acima de 52%) tem sustentado a oferta do açúcar. A produção de etanol, por outro lado, recua 10% no acumulado. Para o ciclo 2026/2027 na região, a moagem deve alcançar 620,5 milhões de toneladas, alta de 3,6% em relação à safra atual, segundo estimativa da StoneX. A recuperação das áreas reformadas após as queimadas e o retorno esperado das chuvas criam um ambiente mais favorável para o setor.