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24/Sep/2025

Açúcar: dólar e petróleo impulsionam preços futuros

Os contratos futuros de açúcar demerara fecharam em alta nesta terça-feira (23/09) na Bolsa de Nova York. O contrato com vencimento em março/2026 ganhou 24 pontos (1,51%), e fechou a 16,15 centavos de dólar por libra-peso. Os preços foram impulsionados por um movimento de recuperação técnica, depois de encerrarem o pregão de segunda-feira (22/09) abaixo dos 16,00 centavos de dólar por libra-peso. A desvalorização do dólar ante o Real também deu suporte ao açúcar, tornando as exportações menos atraentes para as usinas brasileiras. Somado a isso, o petróleo fortalecido nos mercados internacionais foi altista, melhorando a competitividade relativa do etanol.

Além disso, a safra 2025/2026 de cana-de-açúcar no Centro-Sul alcançou 404 milhões de toneladas moídas até o fim de agosto, o que representa cerca de dois terços do total projetado, segundo relatório do Rabobank. A produtividade média da lavoura entre abril e agosto foi de 79,3 toneladas por hectare, queda de 8% em relação ao mesmo período do ciclo anterior, reduzindo as projeções de moagem para pouco acima de 600 milhões de toneladas. O teor de açúcar recuperável (ATR) segue abaixo do registrado na temporada passada. O índice médio por tonelada de cana-de-açúcar acumulado até agosto ficou 4% inferior, enquanto a proporção destinada à produção de açúcar atingiu 52,8%.

Com isso, embora a moagem esteja cerca de 5% atrás da safra 2024/2025, a produção de açúcar recua apenas 2%, ao passo que o etanol cai 10% no comparativo anual. Entre outras projeções, a safra global 2024/2025, prestes a ser encerrada, deve registrar produção total de 188,7 milhões de toneladas, com déficit de 4,67 milhões de toneladas, segundo a StoneX. Contudo, o mercado global de açúcar caminha para registrar um superávit de 2,77 milhões de toneladas na safra 2025/2026 (outubro a setembro). A previsão reflete uma produção mundial de 197,5 milhões de toneladas, frente a uma demanda projetada de 194,7 milhões de toneladas, o que representa crescimento de 4,7% e 0,7%, respectivamente, sobre 2024/2025.