24/Sep/2025
A Atvos firmou um memorando de entendimento com a green tech franco-brasileira NetZero para desenvolver um projeto de produção de biochar, condicionador de solo obtido do carbono contido em resíduos agrícolas, na cidade de Caçu (GO). O empreendimento, que deve receber cerca de R$ 30 milhões em investimento, tem potencial para produzir mais de 6,5 mil toneladas do insumo por ano e sequestrar cerca de 12 mil toneladas de dióxido de carbono da atmosfera. O projeto será implementado na Unidade Rio Claro, fábrica da Atvos que gera etanol e energia elétrica a partir da biomassa da cana-de-açúcar. O início das obras está previsto ainda para 2025, sujeito à aprovação dos órgãos competentes, e a operação comercial deve começar no fim de 2026.
Além de melhorar a absorção de fertilizantes nas operações, esse insumo tem potencial para sequestrar mais de 12 mil toneladas de dióxido de carbono da atmosfera por ano. O projeto é um passo estratégico para mostrar que o etanol da cana-de-açúcar pode se tornar uma das mais valiosas soluções energéticas com menor pegada de carbono do mundo. O biochar será produzido a partir da biomassa residual da cana-de-açúcar, como bagaço e palha, em altas temperaturas e circuito fechado, garantindo produção energética autossustentável. Quando aplicado no solo, além de melhorar a retenção de água e nutrientes, o material sequestra carbono de forma definitiva.
Na semana passada, a NetZero havia anunciado o início da construção de sua primeira planta dedicada à cana-de-açúcar no Brasil, em Campina Verde (MG), com investimento de cerca de R$ 15 milhões e inauguração prevista para fevereiro de 2026. Agora, a parceria com a Atvos reforça o que a empresa havia classificado como "vitrine tecnológica". A Atvos tem capacidade para moer cerca de 11 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, produzir perto de 1 bilhão de litros de etanol e cogerar 1,3 GWh de energia elétrica a partir da biomassa. Ao unir a tecnologia da NetZero à expertise industrial da Atvos, está sendo criado um modelo que demonstra como é possível aliar competitividade, sustentabilidade e inovação de ponta. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.