22/Sep/2025

Os contratos futuros de açúcar demerara fecharam em leve alta na sexta-feira (19/09) na Bolsa de Nova York. O contrato com vencimento em março/2026 subiu 4 pontos (0,25%), e fechou a 16,14 centavos de dólar por libra-peso. Os preços foram impulsionados por uma recuperação técnica, depois de acumularem perdas nas sessões anteriores. Ainda assim, a oferta robusta do Brasil segue pesando sobre as cotações, junto ao recuo do petróleo e ganhos do dólar ante o Real. Um aumento da demanda chinesa também pode ter influenciado na sessão. O Departamento de Alfândegas da China (GACC) reportou que as compras chinesas de açúcar somaram 830 mil toneladas no mês passado, avanço de 7,5% ante o importado em agosto de 2024. No acumulado do ano, o volume comprado subiu 5,1%, para 2,61 milhões de toneladas.

Entre outras notícias, as exportações da Índia na temporada atual podem ficar abaixo da cota autorizada, de 1 milhão de toneladas. Até agora, as usinas do país exportaram cerca de 720 mil toneladas e, mesmo nas estimativas mais otimistas, não devem ultrapassar 775 mil toneladas até o fim do mês. Os recuos foram atribuídos ao aumento da oferta brasileira, que pressiona os preços globais e prejudica os embarques indianos. Além disso, o mercado futuro deve observar de perto o avanço da possibilidade de ocorrência do fenômeno La Niña, que tende a afetar a produtividade da cana-de-açúcar, e o movimento de paridade com o etanol, que pode levar à realocação de parte da última produção de açúcar para a indústria de etanol. A velocidade dessa mudança dependerá das chuvas previstas para esta semana.