12/Sep/2025

Os contratos futuros de açúcar demerara fecharam em baixa nesta quinta-feira (11/09) na Bolsa de Nova York. O contrato com vencimento em março/2026 perdeu 7 pontos (0,42%), e fechou a 16,50 centavos de dólar por libra-peso. Os preços foram pressionados pela queda do petróleo nos mercados internacionais, o que piora a competitividade relativa do etanol. O combustível fóssil recuou após relatório da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) manter projeções para a produção global e do Brasil.

A expectativa de ampla produção de açúcar pelo Centro-Sul do Brasil e em outros importantes mercados tende a favorecer o movimento baixista. O mais recente relatório da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) mostrou que o mix açucareiro do Centro-Sul brasileiro alcançou 55% na segunda quinzena de agosto, um recorde, o que continua pesando sobre os futuros. A partir dos grandes números de moagem, não parece que haverá qualquer alívio no mix.

Em São Paulo, a produção segue intensa nas usinas, mesmo diante da queda na qualidade da cana-de-açúcar. O Itaú BBA projetou que a safra do Centro-Sul deve atingir 40,7 milhões de toneladas de açúcar em 2026/2027, enquanto Índia e Tailândia registram condições climáticas favoráveis, cenário que mantém no radar um superávit global em 2025/2026, como destacou a StoneX. Esse pano de fundo é associado ao posicionamento especulativo de viés baixista dos fundos.