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11/Sep/2025

Açúcar: petróleo e dólar impulsionam preços futuros

Os contratos futuros de açúcar demerara fecharam em alta nesta quarta-feira (10/09) na Bolsa de Nova York. O contrato com vencimento em março/2026 subiu 8 pontos (0,49%), e fechou a 16,57 centavos de dólar por libra-peso. Os preços foram impulsionados pelo avanço do petróleo nos mercados internacionais, que melhora a competitividade relativa do etanol. O recuo do dólar ante o Real também foi altista, desestimulando as exportações brasileiras.

Ainda assim, uma perspectiva de alívio em relação à oferta pode ter limitado os ganhos. Dados recentes da União da Indústria de cana-de-açúcar e Bioenergia (Unica) mostram que o mix açucareiro do Centro-Sul brasileiro atingiu 55% na segunda quinzena de agosto, recorde. A partir dos grandes números de moagem, não parece que haverá qualquer alívio no mix.

Para o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, a produção de açúcar nas usinas de São Paulo segue em ritmo intenso, mesmo diante da menor qualidade da cana-de-açúcar, fator que tem pressionado as cotações nas últimas semanas. Além disso, há sinais de ampla oferta global. O Itaú BBA projeta que a produção brasileira de açúcar deve alcançar 40,7 milhões de toneladas em 2026/2027, com moagem de 620 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, em cenário climático normal. Índia e Tailândia vêm registrando condições climáticas favoráveis, o que reforça a percepção de excedente.