10/Sep/2025
O Itaú BBA projeta produção de açúcar no Centro-Sul do Brasil de 40,7 milhões de toneladas em 2026/2027, aumento de 2,2% ante a safra atual, em um cenário que considera um prêmio para o açúcar próximo do neutro. O volume de cana-de-açúcar processado deve chegar a 620 milhões de toneladas, alta de 5% em relação à estimativa da safra 2025/2026, se o clima ficar dentro da média histórica. O mix de açúcar para a safra 2026/2027 será de 49%, abaixo da estimativa atual de 52% para a safra 2025/2026. No momento, o prêmio pelo açúcar se tornou negativo. Com os preços do açúcar próximos a 15,50 centavos de dólar por libra-peso e o preço do etanol em açúcar equivalente a 16,50 centavos de dólar por libra-peso, o prêmio do açúcar se tornou negativo após mais de 3 anos no terreno positivo.
Os preços internacionais têm reagido à forte produção brasileira e ao cenário climático favorável em outros países. Em agosto, os contratos de açúcar ficaram praticamente estáveis, terminando o mês cotado a 16,37 centavos de dólar por libra-peso, mas na primeira semana de setembro houve queda expressiva, com o contrato de outubro/2025 caindo 5%, para 15,55 centavos de dólar por libra-peso. Essa queda reflete a forte produção de açúcar brasileiro, que apresentou um recorde no mix de açúcar da safra na primeira quinzena de agosto, além das boas condições para a safra na Índia e na Tailândia. No Centro-Sul do Brasil, dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) mostram que, até 15 de agosto, a moagem acumulada chegou a 354 milhões de toneladas, uma queda de 7% em relação ao mesmo período do ano passado.
No entanto, na quinzena, a moagem foi de 47,6 milhões de toneladas, alta de 8% ante igual período de 2024. A produção de açúcar acumulada alcançou 22,9 milhões de toneladas, queda de 5% na comparação anual, mas o mix de açúcar bateu recorde, com 55%, 6% acima do igual período do ano passado. No cenário internacional, a Índia registra chuvas acima da média histórica, o que deve favorecer a produtividade agrícola da próxima safra, embora possa atrasar o início da moagem nas regiões mais precoces. Além disso, há expectativas de que o país libere uma cota de exportação na safra 2025/2026, aquecendo o mercado global. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.