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09/Sep/2025

Açúcar: preços pressionados pela fraca demanda

Em São Paulo, os preços do açúcar cristal branco iniciaram setembro em forte queda no mercado spot. No dia 4 de setembro ao fechar a R$ 117,33 por saca de 50 Kg, o Indicador CEPEA/ESALQ (Icumsa de 130 a 180) voltou a operar no patamar observado há dois meses. A desvalorização do cristal está relacionada à baixa demanda e ao fato de agentes de usinas terem cedido aos preços, para viabilizar as vendas. Além disso, o movimento de retração observado para o valor do açúcar demerara na Bolsa de Nova York leva os compradores brasileiros a adotarem postura cautelosa, aguardando a reação do mercado interno antes de efetuarem novos negócios. No dia 5 de setembro, houve uma inversão nos preços. Algumas usinas conseguiram negociar a valores mais elevados, e o Indicador CEPEA/ESALQ fechou a R$ 119,65 por saca de 50 Kg.

Ressalta-se, contudo, que não existe fundamentos para que essa alta se consolide como tendência nos próximos dias. A média do Indicador CEPEA/ESALQ é de R$ 118,52 por saca de 50 Kg, queda de 0,14% nos últimos sete dias (R$ 118,69 por saca de 50 Kg). A produção de açúcar nas usinas de São Paulo segue em ritmo intenso, mesmo diante da menor qualidade da cana-de-açúcar. Segundo dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), o estado de São Paulo produziu 2,368 milhões de toneladas de açúcar na parcial da safra 2025/2026 (de abril/2025 até a primeira quinzena de agosto), aumento de 20,46% em relação ao mesmo intervalo do ano passado. O elevado volume se explica pelo mix de produção mais voltado ao açúcar: 61,64% das 27,722 milhões de toneladas de cana-de-açúcar processadas no estado de São Paulo foram destinadas à fabricação de açúcar.

Esse é um dos fatores que pode ter reforçado a pressão sobre as cotações na última semana. No mercado internacional, a forte queda nos preços do açúcar demerara na Bolsa de Nova York foi consequência da elevada produção no Centro-Sul do Brasil, que apresentou mix recorde favorável ao açúcar. Na primeira quinzena de agosto deste ano, 55% da cana-de-açúcar colhida no Centro-Sul do País foi destinada à produção de açúcar, assegurando a disponibilidade para exportação. No cenário global, as expectativas também são de aumento da safra de cana-de-açúcar na Índia e na Tailândia, impulsionadas por condições climáticas mais favoráveis ao desenvolvimento da cultura. Em São Paulo, no atacado, o Indicador do Cristal Empacotado está cotado a R$ 15,38 por saca de 5 Kg, queda de 0,59% nos últimos sete dias. O açúcar refinado amorfo está cotado a R$ 3,66 por saca de 1 Kg, baixa de 0,05% no mesmo comparativo. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.