08/Sep/2025
Os contratos futuros de açúcar demerara fecharam em baixa na sexta-feira (05/09) na Bolsa de Nova York. O contrato com vencimento em outubro/2025 recuou 14 pontos (0,89%), e fechou a 15,55 centavos de dólar por libra-peso. Os preços ampliaram as perdas para a quinta sessão consecutiva. O petróleo em queda pesou sobre as cotações, piorando a competitividade relativa do etanol. O movimento de baixa tem sido puxado pelo avanço da safra 2025/2026 no Centro-Sul do Brasil. Segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) sobre a safra do Centro-Sul, a moagem na região já está acima de 50% da safra 2025/2026, o mix açucareiro é recorde de 55% e houve aumento de quase 16% na produção da primeira quinzena de agosto. A posição especulativa dos fundos também segue sendo um fator central: eles estão em uma posição vendida crescente, possivelmente já em 140 mil lotes.
Esse movimento amplia a pressão, mas também pode abrir espaço para correções técnicas caso haja cobertura de posições. Entre outras notícias, o Índice de Preços de Açúcar da FAO registrou uma média de 103,6 pontos no mês passado, leve alta de 0,3 ponto (0,2%) ante julho, depois de cinco quedas seguidas. Contudo, o valor é 10,3 pontos (9%) menor que o nível de agosto de 2024. O aumento foi impulsionado principalmente por preocupações com as perspectivas de produção do Brasil, em meio à redução da produtividade da cana-de-açúcar e às baixas taxas de recuperação do açúcar nas principais regiões produtoras. Além disso, a forte demanda global por açúcar, especialmente da China, contribuiu para os ganhos. No entanto, as expectativas de safras maiores na Índia e na Tailândia, devido às condições climáticas favoráveis, limitaram o aumento geral dos preços.