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08/Sep/2025

Raízen: venda de fatia da empresa atrai interessados

A Raízen, distribuidora de combustíveis e produtora de açúcar e etanol, atraiu o interesse de asiáticos, incluindo os grupos japoneses Mitsubishi e Mitsui, que seriam, nesse momento, os maiores interessados. A possibilidade de adquirir uma fatia na companhia entrou também no radar de nomes nacionais, como a Itaúsa, uma das maiores empresas de participação da América Latina, que tem interesse em entrar no agronegócio, de acordo com fontes. Ainda, olharam o ativo a importadora e exportadora Glencore e a estatal árabe de energia Aramco. A empresa ainda não começou a receber propostas formais para a compra de uma participação, o que está previsto para começar a ocorrer em outubro.

O tamanho da fatia da Raízen a ser vendida vai depender do apetite do comprador. A Cosan, a holding que controla a Raízen, soltou comunicado no dia 5 de setembro, em que reitera que avalia alternativas para aprimorar sua estrutura de capital e, em conjunto com a Shell, sua sócia na empresa, busca novos investidores para o negócio. A empresa afirma que tem sido "ativamente procurada por interessados" em potenciais investimentos. O CEO da Cosan, Marcelo Martins, disse em agosto que a companhia simpatizava com a opção de trazer um sócio estratégico para a Raízen. "Não faz sentido colocar capital na Raízen hoje. Foco é buscar solução para estrutura de capital da empresa", disse.

A Raízen também começou a receber propostas não vinculantes pelos ativos que têm na Argentina no último mês. Comercializadoras de commodities (tradings) com atuação no país estão sendo incentivadas a apresentar propostas. O negócio na Argentina é estimado em torno de US$ 1,5 bilhão. No Brasil, o processo de reestruturação da empresa vem avançando. A companhia anunciou no dia 29 de agosto que vendeu mais duas usinas localizadas no Mato Grosso do Sul e levantou R$ 1,543 bilhão. Na quinta-feira (04/09), a empresa informou que, em comum acordo com a Femsa Comércio, decidiu encerrar a parceria societária estabelecida em 2019 por meio da joint venture Grupo Nós, que operava as lojas Oxxo.

Na separação, a Raízen ficou com 1.256 lojas de conveniência Shell Select e Shell Café, enquanto a Femsa receberá 611 mercados de proximidade Oxxo e o Centro de Distribuição em Cajamar (SP), além de dívidas e caixa disponíveis no Grupo Nós. A Raízen registrou prejuízo líquido de R$ 1,844 bilhão no primeiro trimestre do ano-safra 2025/2026 (1º de abril a 30 de junho de 2025), revertendo o lucro de R$ 1,066 bilhão obtido em igual intervalo da safra anterior. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.