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04/Sep/2025

Açúcar: futuros caem com oferta do Brasil e petróleo

Os contratos futuros de açúcar demerara fecharam em baixa nesta quarta-feira (03/09) na Bolsa de Nova York. O contrato com vencimento em outubro/2025 recuou 12 pontos (0,74%), e fechou a 16,03 centavos de dólar por libra-peso. Os preços ampliaram as perdas com o petróleo em desvalorização, o que piora a competitividade relativa do etanol. Além disso, a melhor perspectiva para a produção do Centro-Sul brasileiro pesou sobre as cotações. Após os números mais recentes da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), que surpreenderam quanto ao mix açucareiro, ao Açúcar Total Recuperável (ATR) e à produção de açúcar, analistas talvez tenham de reverter as reduções feitas em suas estimativas de produção após o relatório anterior, divulgado em 15 de agosto.

A moagem já ultrapassou a marca de 50% do volume esperado para a temporada e que a qualidade da safra de cana-de-açúcar parece estar melhorando. Para a Archer Consulting, esses números reforçam a possibilidade de uma produção de açúcar superior a 39,8 milhões de toneladas, podendo chegar a 40,6 milhões em um cenário favorável. A Czarnikow elevou sua projeção de superávit global de açúcar na safra 2025/2026 para 6,2 milhões de toneladas. O volume é 1,2 milhão de toneladas superior ao previsto em julho e representa o maior excedente desde o ciclo 2017/2018, com potencial para recompor parcialmente os estoques globais, que vêm sendo reduzidos desde 2020.

Entre outras notícias, o Rabobank estimou a produção de açúcar no Centro-Sul do Brasil deve alcançar 39,6 milhões de toneladas na safra 2025/2026, abaixo da marca de 40 milhões projetada anteriormente. A previsão de moagem é de 587 milhões de toneladas de cana-de-açúcar e mix de 51,5% para açúcar, refletindo resultados acumulados até meados de agosto, com o teor de ATR por tonelada 4,5% inferior ao ano passado. Apesar da queda na produção, o mix de açúcar na safra segue elevado, com 52,5% no acumulado até meados de agosto e 55% na primeira quinzena do mês. Mesmo assim, a moagem e a produção estão 5% a 6% abaixo da safra passada, tornando cada vez mais distante a expectativa de superar os 40 milhões de toneladas.