04/Sep/2025
Segundo o Rabobank, a produção de açúcar no Centro-Sul do Brasil deve alcançar 39,6 milhões de toneladas na safra 2025/2026, abaixo da marca de 40 milhões projetada anteriormente. A moagem está prevista em 587 milhões de toneladas de cana-de-açúcar e mix de 51,5% para açúcar, refletindo resultados acumulados até meados de agosto, com o teor de ATR por tonelada 4,5% inferior ao ano passado. Apesar da queda na produção, o mix de açúcar na safra segue elevado, com 52,5% no acumulado até meados de agosto e 55% na primeira quinzena do mês. Mesmo assim, a moagem e a produção estão 5% a 6% abaixo da safra passada, tornando cada vez mais distante a expectativa de superar os 40 milhões de toneladas.
Os preços de etanol também têm sustentado o açúcar. A mistura obrigatória de anidro na gasolina subiu de 27% para 30% no início de agosto, enquanto a produção de etanol de cana deve cair até 4 bilhões de litros em 2025/2026, parcialmente compensada pelo aumento do etanol de milho para quase 10 bilhões de litros. Com isso, os preços de etanol têm subido, refletindo estoques reduzidos na entressafra. Esse movimento contribui para sustentar o preço do açúcar.
A evolução do câmbio e os preços internacionais da gasolina serão fatores determinantes nos próximos meses, podendo afetar os preços do etanol e, consequentemente, do açúcar. Apesar das incertezas, a visão inicial é de uma safra com potencial produtivo elevado, beneficiada por boas condições climáticas e maior área plantada em 2024/2025. No mercado internacional, não há sinais de escassez, com safras maiores previstas na Índia e na Tailândia. Para a Índia, a produção deve chegar a 34,9 milhões de toneladas de açúcar, sendo 4,5 milhões destinados ao etanol e cerca de 2 milhões para exportação. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.