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04/Sep/2025

Etanol: setor do EUA faz acusações contra o Brasil

A Associação de Combustíveis Renováveis (RFA) dos Estados Unidos afirmou nesta quarta-feira (03/09), em audiência em Washington (EUA), que as políticas comerciais do Brasil têm imposto barreiras injustas à entrada do etanol norte-americano e pediu ações do Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR). "Acreditamos fortemente que uma investigação completa é justificada e necessária, e elogiamos o USTR por trazer o devido escrutínio às ações prejudiciais e injustificáveis do Brasil", declarou o presidente da RFA, Geoff Cooper, em depoimento.

O USTR acusa o Brasil de práticas desleais relacionados ao comércio digital e serviços de pagamento eletrônico, a tarifas preferenciais injustas, ao combate à corrupção, à proteção da propriedade intelectual, ao acesso ao mercado de etanol e ao desmatamento ilegal. Segundo a RFA, nos últimos oito anos, o Brasil implementou barreiras tarifárias e não tarifárias especificamente planejadas para bloquear a entrada do etanol produzido nos Estados Unidos. Embora o País já tenha sido o maior importador mundial do biocombustível norte-americano, o mercado se desintegrou nos últimos cinco anos em função das restrições impostas.

A associação também destacou que o etanol brasileiro tem desfrutado de acesso praticamente irrestrito ao mercado dos Estados Unidos, enfrentando apenas uma tarifa de 2,5%. Além disso, políticas como o Padrão de Combustíveis Renováveis (RFS) e programas estaduais de baixo carbono chegam a oferecer tratamento preferencial ao etanol de cana-de-açúcar importado do Brasil em detrimento do etanol de milho norte-americano.

Entre as medidas defendidas pela RFA estão: manter negociações para a remoção permanente da tarifa brasileira sobre o etanol importado; aplicar integralmente a tarifa de 50% sobre o etanol brasileiro enquanto a barreira não for retirada; buscar a eliminação de entraves ao acesso ao programa RenovaBio; colaborar com a Agência de Proteção Ambiental para ajustar os créditos de conformidade do RFS; e retirar o Brasil do Sistema Geral de Preferências. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.