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02/Sep/2025

Açúcar: preços pressionados pela fraca demanda

Em São Paulo, os preços médios do açúcar cristal encerraram a última semana de agosto em queda no mercado spot. Após cinco semanas operando na faixa de R$ 119,00 a R$ 121,00 por saca de 50 Kg. No dia 27 de agosto, especificamente, o Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, fechou em R$ 117,83 por saca de 50 Kg, com baixa de 1,02% em relação ao dia anterior. No dia 29 de agosto, o Indicador fechou a R$ 118,44 por saca de 50 Kg. O recuo dos preços foi atribuído à menor movimentação no mercado. Houve pequena presença de compradores interessados em negociações do cristal para pronta-entrega. Esse cenário foi confirmado pela liquidez captada, que caiu 47% na última semana em comparação com a anterior. Nos últimos sete dias, especificamente, a média do Indicador CEPEA/ESALQ é de R$ 118,69 por saca de 50 Kg, queda de 1,56% nos últimos sete dias (R$ 120,31 por saca de 60 Kg).

Os preços do açúcar demerara negociados na Bolsa de Nova York se mantêm próximos da estabilidade nos últimos sete dias. Projeções de queda na produtividade dos canaviais da Região Centro-Sul do Brasil na atual temporada 2025/2026 têm sustentado as cotações. Por outro lado, o maior direcionamento da cana-de-açúcar para o açúcar pode ampliar a oferta e exercer pressão baixista sobre os valores. Relatório da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) mostrou que, no acumulado entre 1º de abril e 16 de agosto de 2025, o Centro-Sul produziu 22,886 milhões de toneladas de açúcar, queda de 4,67% em relação ao período equivalente do ano passado. No mesmo intervalo, o mix de produção das usinas atingiu 52,51% da cana-de-açúcar sendo destinada à fabricação do açúcar. Somente na primeira quinzena de agosto, a região produziu 3,615 milhões de toneladas de açúcar, avanço de 15,96% frente ao mesmo período de 2024.

O mix de produção esteve significativamente mais açucareiro, com 55% da cana-de-açúcar direcionada ao açúcar. Em relatório, o Rabobank destacou que a moagem do Centro-Sul deve ficar abaixo de 600 milhões de toneladas, com mais da metade do volume já processado até julho. O site de commodities Barchart apontou a demanda do Paquistão como fator de sustentação dos preços. O país anunciou a compra de 100 mil toneladas de açúcar refinado. Em junho, o governo paquistanês já havia informado que pretende importar até 750 mil toneladas do produto neste ano para garantir o abastecimento interno a preços acessíveis. Em São Paulo, o Indicador do Cristal Empacotado está cotado a R$ 15,47 por saca de 5 Kg, alta de 0,36% nos últimos sete dias. O açúcar refinado amorfo está cotado a R$ 3,66 por saca de 1 Kg, elevação de 1,31% no mesmo período. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.