01/Sep/2025

A Operação Carbono Oculto, deflagrada no dia 28 de agosto, mirou o crime organizado em redes de postos de combustíveis e usinas sucroalcooleiras, e deu novo fôlego às ações do setor, em especial Raízen, Cosan, Ultrapar e Vibra, que dominaram as altas do Ibovespa no pregão de sexta-feira (29/08). São esperados ganhos importantes nas margens das companhias, o que deve manter o impulso dos papéis. Para a Empiricus, a operação representa uma melhora relevante para o setor, que tinha entre seus pleitos mais antigos o combate à informalidade e sonegação na distribuição de combustíveis. A diminuição da concorrência desleal tende a melhorar o cenário para a rentabilidade de Raízen, Vibra e Ipiranga (Ultrapar). Nesse sentido, o movimento positivo tem fundamento para se sustentar, ainda que com volatilidade.

A visão é compartilhada pela Fatorial Investimentos, que argumenta que, caso a fiscalização seja mantida, há potencial de criação de "bilhões" em valor de mercado para o segmento. A expectativa é que boa parte do volume hoje concentrado no PCC (Primeiro Comando da Capital) migre para os três grandes players formais: Raízen, Vibra e Ultrapar/Ipiranga. Essa migração poderia gerar um incremento médio de cerca de R$ 370 milhões ao Ebitda anual de cada companhia. Em termos de valorização potencial das ações, representaria aproximadamente +24% para Raízen, +10% para Vibra e +12% para Ultrapar.

O UBS BB também enxerga a operação como benéfica para o setor, mas pondera que operadores irregulares costumam encontrar novas brechas para driblar a fiscalização, mantendo o tema no radar de risco para as empresas. O Citi avalia que a força-tarefa está alinhada com sua previsão de uma maior luta contra irregularidades na indústria de distribuição, o que poderia apoiar melhores margens no segmento. A Daycoval Corretora endossa a visão do Citi. O rali pode continuar no curto prazo, impulsionado pela expectativa de que as companhias retomem o market share perdido pela concorrência desleal. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.