29/Aug/2025
Os contratos futuros de açúcar demerara fecharam perto da estabilidade nesta quinta-feira (28/08) na Bolsa de Nova York. O contrato com vencimento em outubro/2025 ganhou 1 ponto (0,06%), cotado a 16,48 centavos de dólar por libra-peso. Fatores divergentes a respeito da produção de açúcar contribuíram para manter os preços no atual patamar. No Brasil, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou a safra de cana-de-açúcar 2025/2026 em 668,8 milhões de toneladas, queda de 1,2% frente ao ciclo anterior, mas acima do primeiro levantamento de abril.
A produção de açúcar foi projetada em 44,5 milhões de toneladas, 0,8% acima da temporada passada, embora 3,1% abaixo da estimativa inicial. O Rabobank destacou que mais da metade da moagem do Centro-Sul já foi realizada até julho, com o mix açucareiro acima de 54%, recorde histórico. Chama atenção o ritmo firme das exportações brasileiras, o que ajuda a sustentar a oferta global. Com 16 dias úteis, os embarques somam 2,814 milhões de toneladas, apenas 1,32% abaixo de julho de 2023, que foi o segundo maior mês da história.
A disponibilidade de açúcar no Brasil continua forte, mas fatores sazonais, como a entressafra e possíveis interrupções climáticas, ainda podem mudar o quadro. Além disso, na Europa, a produtividade da beterraba foi revisada levemente para baixo, mas ainda acima da média de cinco anos, mantendo oferta sólida no continente. Entre outras questões, a demanda do Paquistão foi destacada como fator altista. O país anunciou recentemente que comprará 100 mil toneladas de açúcar branco refinado. Em junho, o governo paquistanês já havia informado que importaria até 750 mil toneladas de açúcar neste ano para garantir a oferta interna a preços acessíveis.