29/Aug/2025
A Bioenergia Brasil, o Instituto Combustível Legal (ICL), o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom) e a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) divulgaram nota manifestando "apoio irrestrito" às autoridades responsáveis pela Operação Carbono Oculto. O combate às práticas ilícitas é fundamental para proteger consumidores, garantir a arrecadação de tributos, fortalecer a confiança dos investidores e assegurar um ambiente de negócios transparente, que valorize empresas idôneas e inovadoras. A operação, que dá continuidade a outras medidas já executadas, como a responsabilidade solidária dos postos de combustíveis, garante a ordem e a segurança necessárias aos cidadãos de bem. O setor sucroenergético e o de combustíveis são estratégicos para a economia nacional.
A Bioenergia Brasil, o ICL, o Sindicom e a Unica reafirmam seu compromisso com a ética empresarial e com a colaboração permanente com o poder público, na construção de um mercado cada vez mais justo e competitivo, destacaram. O Instituto Combustível Legal (ICL) manifestou "total apoio" a operações desta quinta-feira (28/08) contra a presença do crime organizado no setor de combustíveis. Somente a Operação Carbono Oculto foca em 350 alvos com mandados de prisão, busca e apreensão em sete Estados brasileiros para desarticular um esquema criminoso no setor de combustíveis. Existem suspeitos da prática de crimes contra a ordem econômica, adulteração de combustíveis, crimes ambientais, lavagem de dinheiro, fraude fiscal e estelionato, reforçando a necessidade de a sociedade estar atenta à expansão do crime organizado em setores formais, seguindo o exemplo da máfia pelo mundo.
O ICL diz ainda que, além de lavar dinheiro ilícito e afetar diretamente a segurança pública, a atuação do crime no setor impacta diretamente a arrecadação de impostos e as políticas públicas, a concorrência entre os bons operadores do setor e o dia a dia dos milhões de motoristas que compram combustível. O ICL havia alertado para a entrada do crime organizado no setor de combustíveis nos últimos anos, causando enormes prejuízos econômicos e sociais. Esta operação pode ser um marco na sociedade para deixar claro, através de ações, que o Brasil não está disposto a tolerar práticas ilícitas. O ICL reforçou também a urgência na aprovação de leis que punam, de forma exemplar, devedores contumazes e quem mais buscar brechas para atuar de forma ilegal. O empresário Rubens Ometto, presidente do Conselho de Administração e controlador da Cosan, disse que quando a empresa comprou os ativos de distribuição de combustíveis da Esso, em 2008, o motivo que levou a companhia estrangeira a deixar o País foram problemas ligados à ilegalidade e concorrência desleal no mercado brasileiro.
O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) e a Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) também manifestaram apoio às operações deflagradas nesta quinta-feira (28/08), com o objetivo de combater organizações criminosas infiltradas no setor de combustíveis. Para o IBP, a ação, que mobilizou o Ministério Público, Polícias Federal, Civil e Militar, Receita Federal, Secretarias de Fazenda e pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), demonstra que há uma ameaça que transcende a concorrência desleal. O IBP defendeu que, para além da repressão, é imperativo avançar na agenda legislativa para consolidar e aplicar instrumentos que criem barreiras permanentes contra o mercado irregular. A entidade considera prioritária a aprovação de normas gerais para temas como Devedor Contumaz; a possibilidade de acessar dados da Receita Federal, permitindo o cruzamento de informações para um combate mais efetivo à sonegação; e ainda propõe a tipificação específica para roubo e furto de combustível.
A defesa de um ambiente de negócios justo, competitivo e livre da influência de práticas criminosas é um pilar fundamental para garantir a segurança energética nacional e o bem-estar da sociedade brasileira. Para a Fecombustíveis, a operação que apura atividades ilícitas como lavagem de dinheiro, fraudes fiscais, adulteração de produtos e a manipulação de estruturas do mercado financeiro demonstra que somente com firmeza das instituições no enfrentamento às fraudes será possível promover um ambiente competitivo saudável, proteger a sociedade e fomentar o desenvolvimento do Brasil. A atuação conjunta dos órgãos envolvidos na operação demonstra que o País está trilhando um novo caminho, para assegurar a livre concorrência, proteger o consumidor e preservar a arrecadação tributária, além de promover um ambiente de negócios mais justo e equilibrado.
A Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana) manifestou apoio às autoridades responsáveis pela Operação Carbono Oculto. A Orplana e seus produtores associados não tinham qualquer conhecimento sobre o esquema investigado e reforçou que mantém um compromisso permanente com a legalidade. Segundo a organização, valores como ética, transparência e respeito às normas são fundamentais para a credibilidade do setor sucroenergético. A Operação Carbono Oculto é considerada a maior já realizada contra a infiltração do crime organizado na economia formal. A investigação abrange usinas, distribuidoras de combustíveis, administradoras de fundos, redes de postos, transportadoras, terminais portuários, instituições de pagamentos, refinadoras e formuladoras, pessoas físicas e uma rede de padarias. A avenida Faria Lima, em São Paulo, concentra 42 alvos, entre fintechs, corretoras e fundos.
A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) declarou que a Operação Carbono Oculto fortalece a confiança dos cidadãos, dos investidores e assegura um ambiente de negócios que valoriza empresas idôneas. Ações como essa são fundamentais para garantir segurança jurídica e econômica, reforçando a credibilidade de setores estratégicos da economia. A entidade também cumprimentou o governo do Estado de São Paulo, o Ministério Público, as polícias federal, civil e militar, a Receita Federal e a Secretaria da Fazenda pela atuação na defesa da sociedade, da legalidade e da livre concorrência. O setor sucroenergético gera milhões de empregos, promove segurança energética e contribui para a transição para uma matriz mais limpa e sustentável. A Operação Carbono Oculto é considerada a maior já realizada contra a infiltração do crime organizado na economia formal.
A União Nacional do Etanol de Milho (Unem) manifestou apoio à Operação Carbono Oculto e a citou como fundamental para proteger o ambiente de negócios, assegurar que empresas idôneas prosperem e que consumidores tenham acesso a combustíveis de qualidade, contribuindo para fortalecer a matriz energética limpa e renovável do País. A operação representa a maior ofensiva já realizada no Brasil contra a infiltração do crime organizado na economia formal. Para a Unem, práticas ilícitas desse tipo criam um ambiente de concorrência desleal, fragilizam o setor formal, comprometem a segurança dos consumidores e causam graves prejuízos à arrecadação tributária, à qualidade dos combustíveis e à imagem do mercado brasileiro. A entidade reafirmou seu compromisso com "a ética, a transparência e a colaboração com o poder público, atuando para um mercado justo, competitivo e sustentável, em benefício do Brasil e da transição energética.
As ações da Raízen (+7,55%) e da Ultrapar (+7,43%), assim como Vibra (+5,96%) e Cosan (+4,88%) foram beneficiadas pela Operação Carbono Oculto, que ocorreu nesta quinta-feira (28/08) em São Paulo e outros sete Estados. Os ganhos registrados colocavam todos os papéis entre as dez maiores altas do Ibovespa. A Operação Carbono Oculto mira a infiltração do crime organizado no setor de combustíveis. A leitura do mercado é a de que, com a operação, as distribuidoras que estão fora do esquema ilegal serão economicamente beneficiadas. Rede Sol Fuel e Boxter estão entre os alvos da operação e seriam uma concorrência desleal, ao serem suspeitas de atuar para lavagem de dinheiro. Diante disso, entidades do setor de combustíveis manifestaram apoio à operação. "O combate às práticas ilícitas é fundamental para proteger consumidores, garantir a arrecadação de tributos, fortalecer a confiança dos investidores e assegurar um ambiente de negócios transparente, que valorize empresas idôneas e inovadoras", disseram em comunicado.
Ao todo, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em cerca de 350 alvos (pessoas físicas e jurídicas) localizados em São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rio de Janeiro e Santa Catarina. A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) também ingressou com ações judiciais cíveis de bloqueio de mais de R$ 1 bilhão em bens dos envolvidos, incluindo imóveis e veículos, para a garantia do crédito tributário. A Receita Federal estima que a organização criminosa alvo da Operação Carbono Oculto tenha movimentado, só entre 2020 e 2024, um total de R$ 52 bilhões em postos de combustível por meio do recolhimento de tributos em volume muito baixo e incompatível com suas atividades, provocando perdas de R$ 8,6 bilhões para os cofres públicos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.