22/Aug/2025

Os contratos futuros de açúcar demerara fecharam em baixa nesta quinta-feira (21/08) na Bolsa de Nova York. O contrato com vencimento em outubro/2025 perdeu 22 pontos (1,33%), e fechou a 16,35 centavos de dólar por libra-peso. Segundo a Datagro, as posições líquidas vendidas no açúcar bruto na Bolsa de Nova York atingiram 151.004 lotes, o maior nível desde novembro de 2019. O excesso projetado de oferta global, especialmente de Índia, Tailândia e China, pode limitar uma recuperação mais expressiva dos preços no curto prazo. Os preços recuaram com a melhora nas expectativas em relação à disponibilidade global.

Segundo relatório da Hedgepoint Global Market, apesar dos desafios, como a produtividade e a qualidade da cana abaixo do esperado, a moagem brasileira deve ultrapassar 600 milhões de toneladas, um resultado sólido em comparação com as safras anteriores, especialmente quando combinado com um mix de açúcar recorde. Os preços se estabilizaram em torno de 16,50 centavos de dólar por libra-peso, refletindo as expectativas de aumento da oferta em comparação com as safras anteriores. No entanto, a demanda global persistente por açúcar impediu que os preços permanecessem na baixa de junho, de 15,50 centavos de dólar por libra-peso.

Além disso, as perspectivas para 2025/2026 na Índia são mais otimistas. As chuvas abundantes em maio melhoraram a umidade do solo e apoiaram o desenvolvimento precoce das culturas. A Índia pode alcançar 31 milhões de t de açúcar, com potencial de alta. Na Tailândia, a próxima temporada deve ter produção de cana-de-açúcar de 100 milhões de toneladas. Embora isso ainda represente uma recuperação, ela é menos pronunciada do que o esperado anteriormente devido aos riscos de doenças fúngicas. As condições climáticas têm sido favoráveis. O fluxo recorde de importações chinesas (+76% em julho, totalizando 740 mil toneladas) vem contribuindo para a recente valorização dos contratos.