15/Aug/2025
Os contratos futuros de açúcar demerara fecharam em baixa nesta quinta-feira (14/08) na Bolsa de Nova York. O contrato com vencimento em outubro/2025 recuou 27 pontos (1,60%), e fechou a 16,58 centavos de dólar por libra-peso. Os preços foram pressionados pela leve valorização do dólar ante o Real, que estimula as exportações brasileiras. Ainda assim, o mercado segue acompanhando fatores altistas, como as preocupações com a oferta brasileira. Relatos de geadas em regiões produtoras, como o Cerrado Mineiro, reforçaram temores de danos às lavouras. Segundo a ADM Investor Services, temperaturas abaixo de zero podem causar danos relevantes às lavouras, pressionando os fundamentos do açúcar no curto prazo.
Junto a isso, o Índice de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) no acumulado da safra 2025/2026 é de 122,19 Kg por tonelada, o menor nível em nove anos, e o Itaú BBA reduziu em 1 milhão de toneladas sua estimativa para a produção do Centro-Sul brasileiro, para 39,8 milhões de toneladas. Um fator decisivo para o volume de oferta de açúcar envolve o mix de destino da cana-de-açúcar das usinas. O Grupo São Martinho ressaltou que para as unidades de São Paulo, dada a proximidade do porto, ainda é vantagem produzir açúcar, embora a conversão da cana-de-açúcar em açúcar esteja "bastante pior" devido às condições climáticas. A Zilor destacou a importância do hedge na definição do mix de produção: o açúcar permite hedge com liquidez para o ano seguinte, enquanto o etanol não oferece a mesma previsibilidade.