13/Aug/2025

Os contratos futuros de açúcar demerara fecharam em alta nesta terça-feira (12/08) na Bolsa de Nova York. O contrato com vencimento em outubro/2025 subiu 45 pontos (2,73%), e fechou a 16,94 centavos de dólar por libra-peso. Os preços foram impulsionados pela queda do dólar ante o Real, o que tende a desestimular as exportações das usinas brasileiras. Além disso, relatos de um evento de geada nas áreas produtoras do Brasil deram impulso às commodities softs na sessão desta terça-feira (12/08), com exceção do café. Os relatos de geadas em regiões como o Cerrado Mineiro estão sustentando os preços. Um 'buzz' altista surgiu em vários mercados de commodities soft.

Uma onda de temperaturas abaixo de zero pode causar danos significativos às lavouras. Somado a isso, preocupações com o rendimento agrícola dos canaviais no Brasil e o fato de fundos de investimento estarem bastante vendidos também dão suporte. De acordo com levantamento da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC), fundos especulativos detinham uma posição líquida vendida de 151.004 lotes em 5 de agosto, aumento de 20,72% ante a semana anterior. Para alguns analistas, essas apostas na queda dos preços parecem exageradas, tendo em vista o fraco rendimento agrícola e o baixo nível de ATR (Açúcares Totais Recuperáveis) da cana-de açúcar colhida no Centro-Sul.

Na safra 2025/2026 até agora, o ATR acumulado é de 122,19 quilos por tonelada, queda de 4,79% ante igual período do ano passado. Esse é o menor nível em nove anos. O Itaú BBA reduziu a estimativa de produção de açúcar no Centro-Sul do Brasil em 2025/2026 em 1 milhão de toneladas, para 39,8 milhões de toneladas. Outro ponto revisado para baixo foi o da concentração média de açúcares totais recuperáveis (ATR), para 136,1 Kg por tonelada de cana-de-açúcar. Ainda assim, o mix de produção destinado ao açúcar foi mantido em 52% do total da safra, bem como a moagem, de 590 milhões de toneladas.