13/Aug/2025

O Itaú BBA reduziu a estimativa de produção de açúcar no Centro-Sul do Brasil em 2025/2026 em 1 milhão de toneladas, para 39,8 milhões de toneladas. Outro ponto revisado para baixo foi o da concentração média de açúcares totais recuperáveis (ATR), para 136,1 Kg por tonelada de cana-de-açúcar. Ainda assim, o mix de produção destinado ao açúcar foi mantido em 52% do total da safra, bem como a moagem, de 590 milhões de toneladas. No Brasil, o clima tem sido um dos principais desafios. Após um 2024 extremamente seco, o inverno chuvoso de 2025 afetou a concentração de açúcar nos colmos, reduzindo a produtividade agrícola. O Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) apontou uma queda de 12% na produtividade em junho deste ano, na comparação anual.

O Itaú BBA também reduziu a perspectiva de superávit da produção global em 2025/2026 de 2,7 milhões de toneladas para 1,7 milhão de toneladas. Embora haja perspectiva de queda na produção do Centro-Sul do Brasil e na Europa, deve ocorrer crescimento robusto da produção em países da Ásia, como Índia, Paquistão e Tailândia. A produção indiana deve crescer 18%, a do Paquistão 12% e a da Tailândia 8%. O mercado segue influenciado pelo otimismo com a recuperação da produção asiática e pelo elevado mix de açúcar no Brasil, enquanto os problemas climáticos no País ainda têm impacto limitado nos preços.

Para a São Martinho, o mercado deverá ter uma visão mais clara sobre o volume total de açúcar da safra do Centro-Sul do Brasil apenas em meados de setembro ou outubro. O volume vendido com base em projeções iniciais por algumas usinas não está sendo entregue, o que pode ser um gatilho para a alta dos preços. Projeções iniciais devem ser revistas em breve. Pode acontecer uma melhora importante, mas pode ser difícil chegar nos 41,3 milhões de toneladas de produção, embora possa não ficar abaixo de 39 milhões de toneladas em 2025/2026. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.