12/Aug/2025

Em São Paulo, os preços médios do açúcar cristal negociados no mercado spot iniciaram agosto praticamente estáveis. O Indicador CEPEA/ESALQ (cor Icumsa de 130 a 180) varia entre R$ 119,00 e R$ 120,00 por saca de 50 Kg, comportamento semelhante ao observado na última semana de julho. As usinas mantêm-se firmes quanto aos valores pedidos nas negociações para pronta-entrega, especialmente para o cristal de melhor qualidade (Icumsa 150). Além disso, esses vendedores têm adotado uma postura mais restritiva quanto à oferta disponível para comercialização, o que tem contribuído para sustentar os preços. A liquidez segue estável, refletindo uma demanda ainda enfraquecida no mercado à vista. A média do Indicador CEPEA/ESALQ é de R$ 120,00 por saca de 50 Kg, leve queda de 0,32% nos últimos sete dias (R$ 120,39 por saca de 50 Kg). A firmeza observada por parte das unidades produtoras pode estar relacionada ao desempenho das exportações em julho.

De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), os embarques de açúcar branco (NCM 17019900) com origem em São Paulo, via Porto de Santos, totalizaram 230 mil toneladas no mês passado, volume 35,17% superior ao exportado em junho, de 170 mil toneladas. Os preços do açúcar demerara negociados na Bolsa de Nova York permaneceram estáveis na primeira semana de agosto. Problemas climáticos, como seca, calor intenso fora de época e incêndios de grandes proporções, prejudicaram os canaviais da região Centro-Sul do Brasil em 2024, comprometendo a produtividade da safra 2025/2026. Dados recentes da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) indicam que, no acumulado da moagem entre 1º de abril e 16 de julho de 2025, a produção de cana-de-açúcar totalizou 256,14 milhões de toneladas, queda de 9,61% em relação à ao mesmo período do ano passado. Além da menor oferta de matéria-prima, os teores de açúcar também estão mais baixos.

No mesmo comparativo, a Região Centro-Sul apresentou 124,37 quilos de Açúcar Total Recuperável (ATR) por tonelada de cana-de-açúcar, recuo de 4,81%. Embora a primeira quinzena de julho de 2025 tenha registrado produção 14,77% superior à de intervalo equivalente de 2024, e com as usinas operando com um mix mais voltado para o açúcar, o cenário não indica recuperação consistente. O avanço verificado no início do mês foi favorecido pelo longo período de estiagem, que acelerou a colheita. A expectativa é de que a safra 2025/2026 apresente um volume de produção significativamente inferior ao da temporada 2024/2025. O contrato Outubro/2025 na ICE Futures está cotado a 16,25 centavos de dólar por libra-peso, alta de 0,43% nos últimos sete dias. Em São Paulo, no atacado, o Indicador do Cristal Empacotado está cotado a R$ 14,99 por saca de 5 Kg, baixa de 2,21% nos últimos sete dias. O açúcar refinado amorfo está cotado a R$ 3,61 por saca de 1 Kg, aumento de 0,61% no mesmo comparativo. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.