08/Aug/2025
Os contratos futuros de açúcar demerara fecharam perto da estabilidade nesta quinta-feira (07/08) na Bolsa de Nova York. O contrato com vencimento em outubro/2025 terminou sem variação, cotado a 16,01 centavos de dólar por libra-peso. Os preços se mantiveram acima do patamar psicológico de 16,00 centavos de dólar por libra-peso. Sinais mistos vindos do Centro-Sul do Brasil contribuíram para a volatilidade. A XP Investimentos revisou para cima sua estimativa de produção de açúcar no Centro-Sul para 39,8 milhões de toneladas, o que tende a ser baixista para as cotações na bolsa.
No entanto, ponderou que a menor produção frente à safra passada e os estoques apertados podem levar a restrições de oferta durante a entressafra. A consultoria reduziu sua estimativa para a moagem de cana em 2025/2026 para 589,5 milhões de toneladas. Também houve corte na projeção de ATR total, de 82,4 para 79,2 milhões de toneladas, o que afeta diretamente o rendimento da produção açucareira e pode limitar volumes no curto e médio prazos. A Czarnikow também vem reduzindo suas expectativas para a safra do Centro-Sul, estimando produção de 39,1 milhões de toneladas, abaixo da projeção da XP e bem distantes das expectativas mais otimistas do mercado.
A diferença entre os analistas está na recuperação do ATR no segundo semestre, que ainda não se concretizou. Chuvas fortes e prolongadas seriam especialmente negativas para a colheita. Entre outras notícias, dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), divulgados na quarta-feira (06/08), trouxeram um sinal de menor fôlego nas exportações brasileiras. Em julho, o País embarcou 3,594 milhões de toneladas de açúcar e melaços, queda de 5% na comparação anual. No acumulado de 2025, as exportações recuam 19,7% em volume e 28,4% em receita, com preços médios por tonelada 10,9% menores que no igual período de 2024.