06/Aug/2025

Os contratos futuros de açúcar demerara fecharam em baixa nesta terça-feira (05/08) na Bolsa de Nova York. O contrato com vencimento em outubro/2025 recuou 16 pontos (0,98%), e fechou a 16,09 centavos de dólar por libra-peso. Os preços foram pressionados pelas perdas do petróleo nos mercados internacionais, o que piora a competitividade relativa do etanol. Sinais de uma oferta fortalecida no Centro-Sul do Brasil também pesaram.

Para o Citi, os preços internacionais do açúcar devem encontrar um piso nos próximos meses e têm potencial alta até o fim de 2025. O movimento de venda observado desde março pode estar próximo do fim. Para 2025, apresentou nova estimativa média de preço de 17,70 centavos de dólar por libra-peso, enquanto para 2026 definiu o valor de 19,60 centavos de dólar por libra-peso. No Centro-Sul do Brasil, a colheita de cana-de-açúcar ganhou ritmo em julho com o avanço do clima seco.

As usinas intensificaram a moagem e mantiveram um mix elevado para o açúcar (53,7%), o que permitiu recordes de produção para o período. Na primeira quinzena de julho, foram processados 49,82 milhões de toneladas de cana-de-açúcar (+14,8% na comparação anual), e a produção de açúcar chegou a 3,41 milhões de toneladas (+15,1%). Ainda assim, os estoques seguem apertados: em 30 de junho, o volume disponível de açúcar na região era de 4,12 milhões de toneladas, o mais baixo para a data desde 2017/2018. O Citi estima que esse déficit comece a ser revertido ao longo de agosto.