01/Aug/2025

Os contratos futuros de açúcar demerara fecharam em baixa nesta quinta-feira (31/07) na Bolsa de Nova York. O contrato com vencimento em outubro/2025 recuou 10 pontos (0,61%), e fechou a 16,35 centavos de dólar por libra-peso. Os preços foram pressionados pelas perdas do petróleo nos mercados internacionais. Além disso, dados publicados pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) influenciaram na sessão. As usinas do Centro-Sul do Brasil moeram 49,823 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na primeira quinzena de julho da safra 2025/2026 (abril de 2025 a março de 2026), avanço de 14,77% em comparação com igual período da temporada anterior.

A produção de açúcar na primeira metade do mês totalizou 3,406 milhões de toneladas, ganho de 15,07%. No acumulado da safra, contudo, a moagem na região chegou a 256,140 milhões de toneladas, recuo de 9,61% em comparação com igual período da temporada anterior. Enquanto isso, a produção de açúcar no acumulado totalizou 15,655 milhões de toneladas, queda de 9,22% ante o ciclo anterior. O mercado também avalia a qualidade da matéria-prima na região. O nível de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) registrado na primeira quinzena de julho atingiu 133,66 Kg de ATR por tonelada de cana-de-açúcar, ante 143,45 Kg por tonelada na safra 2024/2025, variação negativa de 6,82%.

No acumulado, o nível de ATR atingiu 124,37 Kg de ATR por tonelada, retração de 4,81%. Entre outras questões, a consultoria StoneX projetou superávit global de 3,04 milhões de toneladas, volume menor que o projetado anteriormente, mas ainda suficiente para manter um balanço de oferta confortável. A produção mundial deve crescer 5%, para 197,7 milhões de toneladas, com destaque para Índia, Tailândia e Brasil. A demanda global, por outro lado, segue em expansão lenta, com avanço estimado em 0,7%. No caso do Brasil, a StoneX prevê queda de 3,7% na moagem de cana-de-açúcar no Centro-Sul, para 598,8 milhões de toneladas. A produção de açúcar deve cair levemente, para 40,16 milhões de toneladas.