25/Jul/2025

Os contratos futuros de açúcar demerara fecharam em alta nesta quinta-feira (24/07) na Bolsa de Nova York. O contrato com vencimento em outubro/2025 subiu 33 pontos (2,03%), e fechou a 16,57 centavos de dólar por libra-peso. Os preços foram impulsionados por uma recuperação técnica, após atingirem o menor valor em cerca de duas semanas. Perspectivas de aumento na demanda também deram suporte às cotações, como o aumento nas compras da China e o anúncio de que a Coca-Cola utilizará também açúcar de cana-de-açúcar para o refrigerante vendido nos Estados Unidos. Além disso, tem se ampliado a perspectiva de que a safra 2025/2026 no Centro-Sul do Brasil será menor que a do ciclo passado. Um dos sinais veio do boletim divulgado pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC).

A análise mostrou que, em junho, o teor de açúcar (ATR) caiu 4,4% (de 132,4 Kg por tonelada para 126,6 Kg por tonelada) na comparação com o mês de junho de 2024. A produtividade agrícola média (TCH) recuou de 88,8 toneladas por hectare para 79,5 toneladas por hectare, queda de 10,5%. No acumulado da safra 2025/2026, o ATR recuou 3,1% em comparação com o ciclo anterior, passando de 125,2 Kg por tonelada para 121,4 Kg por tonelada. O TCH caiu 10,8%, de 88,9 toneladas por hectare para 79,3 toneladas por hectare. O indicador de toneladas de açúcar por hectare (TAH) teve retração de 11,5%, passando de 11,2 toneladas por hectare para 9,9 toneladas por hectare. Não à toa, projeções da SCA Brasil e da Archer Consulting apontam para uma moagem menor no Centro-Sul em 2025/2026, entre 581 milhões e 588,5 milhões de toneladas, reflexo da seca e dos incêndios que comprometeram os canaviais na temporada 2024/2025.