24/Jul/2025
Segundo a StoneX, a adoção de tarifa de 50% pelos Estados Unidos sobre produtos do Brasil deve dificultar as exportações de etanol de cana-de-açúcar ao país do Hemisfério Norte, mas o produto continuará sendo demandado. Apesar do impacto potencial, o produto brasileiro ainda é favorecido por exigências ambientais em Estados como a Califórnia. O etanol de cana-de-açúcar tem emissões de carbono mais baixas em comparação com o etanol de milho produzido nos Estados Unidos. Isso garante ao produto uma posição estratégica para atendimento da demanda por uso de combustíveis com menor pegada ambiental.
Assim, o produto brasileiro deverá continuar sendo comprado pelos Estados Unidos. Os importadores devem continuar comprando o etanol brasileiro, especialmente em lugares como a Califórnia, onde há exigências mais rigorosas por combustíveis limpos. No entanto, o cenário se torna mais desafiador. Com a tarifa de 50%, isso vai ser muito mais difícil. O impacto será limitado no curto prazo sobre o mercado de açúcar. Os Estados Unidos acumularam muitos estoques no ano anterior, o que deve minimizar os efeitos das tarifas no curto prazo.
Esse movimento foi impulsionado tanto por exportadores brasileiros quanto pela ampla oferta global. Porém, o Brasil é um dos principais exportadores de açúcar e um fornecedor relevante para o mercado norte-americano. Os Estados Unidos dependem das exportações do México, que também está enfrentando tarifas, e da América do Sul, onde o Brasil é um grande player e que costuma ocupar espaço quando há necessidade de mais açúcar. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.