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18/Jul/2025

Combustíveis: Petrobras avaliando voltar ao varejo

A Petrobras considera um retorno às vendas de combustível no varejo depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a CEO da empresa, Magda Chambriard, reclamaram dos altos preços nas bombas. Quatro anos depois de sair do negócio, agora conhecido como Vibra Energia, o conselho de administração da Petrobras se reunirá para discutir a alteração do plano estratégico da empresa para incluir uma presença no setor de varejo. Não está claro se essa medida envolveria a tentativa de renacionalizar totalmente a Vibra ou a compra de uma participação na operadora de lojas de conveniência e distribuidora de combustíveis para cozinha e outros produtos de petróleo.

A Ativa entende que uma possível reentrada da Petrobras no varejo de combustíveis seria negativa do ponto de vista de estratégia e alocação de capital. Embora a companhia disponha de caixa para uma eventual aquisição à vista, seria uma alocação de capital ineficiente, dado o perfil estruturalmente mais apertado de margens no setor, a concorrência intensa e a provável redução da capacidade da companhia em distribuir dividendos extraordinários ao término deste ano. Para a Vibra, uma eventual aquisição poderia ser positiva em um primeiro momento para os acionistas minoritários. Contudo, é improvável que a nova gestão, sob controle estatal, consiga conduzir a empresa à trajetória de geração de valor necessária no longo prazo.

A Vibra mantém o direito de uso da marca BR até 2029, o que implica que qualquer operação fora do escopo da companhia exigiria à Petrobras a criação e consolidação de uma nova marca no varejo, algo caro, demorado e de difícil execução em um mercado altamente competitivo. Em resumo, caso opte pela entrada no setor, pode ocorrer via Vibra, que é mais caro, mas preserva a marca ou por outra distribuidora, de forma mais econômica, mas com o desafio de competir com uma nova marca própria. No longo prazo, o entendimento é de que uma eventual compra da Vibra pela Petrobras seria potencialmente destrutiva tanto para a estatal, que deveria focar em exploração e produção de petróleo, quanto para a Vibra. Fontes: Bloomberg e Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.