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16/Jul/2025

Açúcar: relatório Perspectivas Agrícolas 2025-2034

Segundo projeção do relatório de Perspectivas Agrícolas 2025-2034 das Organizações para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), a produção global de açúcar deve subir 15% até 2034. O volume deve passar de 178 milhões de toneladas, na média do período base, para 205 milhões de toneladas em 2034, sendo 63% do crescimento vindo da Ásia e 24% da América Latina. Até 2034, a Ásia será a principal região produtora, com cerca de 42% da produção mundial. Os maiores avanços são esperados para Índia (+8,7 milhões de toneladas), Tailândia (+3,6 milhões de toneladas) e China (+2 milhões de toneladas), com impulso das políticas de apoio e melhoras nas taxas de extração. A América Latina será a segunda maior região produtora, com o Brasil mantendo a liderança global.

Após um período de crise financeira (2017-2022), o setor brasileiro se recuperou com investimentos em lavouras e clima favorável. Mesmo com os efeitos negativos da seca e incêndios em 2024, a produção deverá se recuperar, com acréscimo de 5 milhões de toneladas até 2034. Além disso, a cana-de-açúcar seguirá representando mais de 85% da produção de açúcar no mundo, com a produção global da cultura estimada para crescer 1,2% ao ano, chegando a 2,1 bilhões de toneladas em 2034. Os principais incrementos virão de Brasil (+112 milhões de toneladas), Índia (+90 milhões de toneladas) e Tailândia (+22 milhões de toneladas). Quanto ao comércio, os embarques seguirão concentradas nos três principais exportadores: Brasil, Tailândia e Índia.

A participação da Tailândia nas exportações mundiais aumentará de 10,8% para 14,3%, com volume chegando a 10,4 milhões de toneladas no período. Na Índia, as exportações devem atingir 6 milhões de toneladas em 2034, contra 4,7 milhões de toneladas no período base. As exportações brasileiras devem crescer 5 milhões de toneladas e atingir 38 milhões de toneladas em 2034. Nos próximos dez anos, o consumo global de açúcar deverá crescer 1,2% ao ano, atingindo 202 milhões de toneladas até 2034, impulsionado pelo crescimento populacional e do nível de renda. Em termos reais, os preços internacionais do açúcar devem cair ao longo do período projetado. No entanto, essa pressão deverá ser parcialmente compensada pela manutenção dos preços do petróleo em níveis constantes, o que pode estimular o uso de açúcar para produção de etanol, oferecendo algum suporte. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.