15/Jul/2025

Os contratos futuros de açúcar demerara fecharam em baixa nesta segunda-feira (14/07) na Bolsa de Nova York. O contrato com vencimento em outubro/2025 recuou 27 pontos (1,63%), e fechou a 16,30 centavos de dólar por libra-peso. O mercado de açúcar continua sob pressão, apesar de uma breve recuperação nos preços impulsionada pelas geadas no Brasil. O clima favorável na Índia e na Tailândia, somado à forte produção brasileira, reforça as expectativas de continuidade do excedente de oferta.

Perdas nos mercados de petróleo também pesaram sobre o açúcar, desestimulando o interesse das usinas no direcionamento de cana-de-açúcar para fabricação de etanol. O combustível fóssil acelerou as perdas após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçar tarifar a Rússia se não houver um acordo de cessar-fogo com a Ucrânia nos próximos 50 dias. No Brasil, as usinas do Centro-Sul moeram 42,706 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na segunda quinzena de junho da safra 2025/2026, em comparação com 49,008 milhões de tonelada em igual período da temporada anterior, recuo de 12,86%.

As informações são do levantamento quinzenal da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica). No período, a produção de açúcar totalizou 2,845 milhões de toneladas, recuo de 12,98% na anual. No acumulado da safra, até 1º de julho, o volume de cana-de-açúcar processada na região atingiu 206,198 milhões de toneladas, recuo de 14,06% em comparação com igual período da temporada anterior 2024/2025 (239,945 milhões de toneladas). A produção de açúcar no acumulado totalizou 12,249 milhões de toneladas, em comparação com 14,285 milhões de toneladas do ciclo anterior (-14,25%).