11/Jul/2025
Segundo o Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBI), o impacto da tarifa de 50% sobre a importação de produtos brasileiros, anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pouco afeta o setor de petróleo, mas pode impactar os produtores de etanol, principalmente os da Região Nordeste do País. Se a tarifa afetar a exportação de petróleo, o Brasil direciona facilmente para outro lugar, e o principal mercado de petróleo para o País é a China, não os Estados Unidos. O etanol vai sofrer mais, considerando a taxa para o etanol de milho. Ainda é cedo para se avaliar a extensão exata das medidas anunciadas. A solução é manter o diálogo, como fazem os outros países. Negociar não é abrir mão da soberania nacional, é tentar uma redução da tarifa.
A carta enviada ao Brasil tem conotação política, coisa que houve no caso do Japão e China, por exemplo. O governo brasileiro não deve "provocar", pois Donald Trump é "maluco, imprevisível". Houve um distanciamento muito grande da diplomacia brasileira com a dos Estados Unidos. A taxação dos Estados Unidos ocorre cerca de um mês depois da volta da norte-americana Exxon aos leilões de áreas de petróleo e gás natural do governo brasileiro, em parceria com a Petrobras. O consórcio arrematou 10 blocos na bacia da Foz do Rio Amazonas, na polêmica Margem Equatorial brasileira. A taxação não vai afetar a empresa norte-americana no curto prazo, assim como a Chevron, que tem ativos no País, já que os investimentos do setor são de longo prazo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.