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04/Jul/2025

Açúcar: equilíbrio oferta-demanda pressiona preços

Segundo o Itaú BBA, após três anos de preços em alta, o mercado global de açúcar deve voltar a um equilíbrio entre oferta e demanda, o que pressiona as cotações. A produção global deve crescer 4,6% na temporada 2025/2026, com destaque para a recuperação de importantes produtores. Na Índia, deve haver uma recuperação de 18%. No caso da Tailândia, houve uma reversão de áreas que haviam migrado para o cultivo de mandioca e agora voltam ao açúcar. Pará a Tailândia, a perspectiva é de crescimento de 8% na fabricação. Do lado da demanda, o comportamento da China também trouxe surpresas. Ano passado teve uma grande dúvida se o mercado chinês ia crescer.

A expectativa era de aumento na importação de açúcar bruto, mas o país optou por elevar o consumo de xarope de milho. Com a produção em alta e o consumo enfraquecido, os preços tendem à estabilidade ou queda. Ainda assim, o Brasil segue com produção robusta. Mesmo com a perspectiva de queda de 6% na cana moída na safra 2025/2026 no Centro-Sul, a produção de açúcar deve crescer para 40,8 milhões de toneladas na região. Houve aumento na capacidade de cristalização nos últimos três anos. Essa capacidade extra está permitindo que o setor aumente a conversão da cana-de-açúcar em açúcar, mesmo diante de uma menor disponibilidade de matéria-prima.

As usinas já comercializaram boa parte do açúcar a preços melhores do que os atuais, e ainda devem produzir mais do que no ano passado. A Região Nordeste, por sua vez, mantém estabilidade na produção. Há vários anos, a produção está em uma faixa de 3,8 a 4 milhões de toneladas na região. Com esse cenário, o Brasil está bem-posicionado para atender à demanda internacional, mas o ciclo de preços mais altos pode ter ficado para trás. O Brasil vai passar relativamente tranquilo por essa safra, com o máximo de alocação de açúcar nesses preços que remuneraram até o começo do ano. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.