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30/Jun/2025

Gasolina: recuo da Petrobras não chega às bombas

Segundo o Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), a redução do preço da gasolina nas refinarias da Petrobras não chegou aos postos em junho, como vem sendo cobrado pelo governo, representando uma queda de apenas R$ 0,05 por litro, frente ao desconto de R$ 0,17 por litro concedido pela empresa no dia 3 de junho. Em junho, o preço médio da gasolina no Brasil registrou uma queda de 0,78% em comparação com maio, ante a redução de 5,6% nas refinarias da estatal no dia 3 de junho, chegando ao preço médio de R$ 6,38 por litro. O etanol também registrou queda no mesmo período, de 1,35%, chegando ao preço médio de R$ 4,39 por litro. Mesmo com o reajuste de 5,6% anunciado pela Petrobras no início do mês, o preço da gasolina nas bombas caiu apenas 0,78%. Isso mostra que o repasse ao consumidor foi bem mais contido, possivelmente por conta da concorrência entre os postos e da dinâmica regional de distribuição.

O etanol seguiu em queda, o que tem favorecido seu uso em algumas regiões do País. O preço da gasolina vendida pela Petrobras é composto pela parcela de 33,4% da estatal; 23,6% de imposto estadual; 19,1% para distribuição e revenda; 12,7% do custo da mistura do etanol; e 11,2% de impostos federais. Na análise por regiões, os menores preços médios dos dois combustíveis foram os da Região Sudeste: R$ 4,26 por litro para o etanol e R$ 6,22 por litro para a gasolina. As médias mais altas foram, novamente, as observadas na Região Norte, de R$ 5,21 por litro para o etanol e de R$ 6,85 por litro para a gasolina. Apenas a Região Nordeste não registrou queda nos preços médios dos dois combustíveis em junho. O etanol na região aumentou 0,40%, custando, em média, R$ 5,01 por litro. A gasolina manteve o preço de maio, de R$ 6,50 por litro. A maior queda para o etanol foi na Região Sudeste, de 1,62%, e da gasolina, na Região Sul, de 1,25%.

Na análise por Estados, o etanol apresentou sua maior alta do período em Rondônia, onde passou a custar R$ 5,22 por litro, após alta de 2,15%. O Estado com o etanol mais em conta para o motorista no período foi São Paulo, onde o preço médio registrado foi de R$ 4,12 por litro, após queda de 1,90%. O Amapá apresentou a maior queda para o biocombustível em junho, de 5,16%, recuando ao preço médio de R$ 5,51 por litro. Mesmo assim, o Estado teve o etanol mais caro do País no período. A Bahia foi o Estado a registrar o maior aumento para a gasolina no período, de 1,26%, chegando ao preço médio de R$ 6,45 por litro. O estado é atendido pela Refinaria de Mataripe, controlada pela Acelen, braço do fundo de investimentos árabe Mubadala, e que acompanha o preço de paridade de importação (PPI), política abandonada pela Petrobras em maio de 2023. Em junho, a gasolina vendida por Mataripe teve alta de 3,9% em média.

A maior queda da gasolina, de 1,61%, foi registrada no Distrito Federal, com preço médio de R$ 6,71 por litro. São Paulo teve a gasolina mais em conta, a R$ 6,16 por litro, após recuo de 1,12% observado na comparação com maio. Mesmo registrando queda de 1,05%, o Acre seguiu como Estado com a gasolina mais cara do Brasil em junho, com preço médio de R$ 7,52 por litro. A gasolina se mostrou a opção mais vantajosa economicamente na maior parte dos Estados do Brasil em junho, principalmente para quem abastece nas Regiões Nordeste, Sul e Norte. Entretanto, é importante ressaltar que o etanol traz mais benefícios ambientais, uma vez que emite menos poluentes, contribuindo para uma mobilidade mais sustentável e de baixo carbono. O IPTL é um índice de preços de combustíveis levantado com base nos abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados da Edenred Ticket Log. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.