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26/Jun/2025

Etanol: setor comemora a elevação na mistura E30

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) afirmou nesta quarta-feira (25/06) que o Brasil colhe agora os frutos da liderança construída nas últimas duas décadas na pauta dos biocombustíveis. O País tem hoje autoridade para ensinar ao mundo como substituir fontes fósseis por energia renovável. O Brasil pode ensinar a utilização do etanol como um jeito fácil, barato, rápido e simples de transformar o meio ambiente, saindo do fóssil e vindo para a bioenergia. As declarações foram dadas no evento "Combustível do futuro chegou: E30 e B15". A cerimônia ocorreu no Observatório Nacional da Transição Energética, na sede do Ministério de Minas e Energia (MME) nesta quarta-feira (25/06). Nela, o governo federal anunciou a elevação do percentual obrigatório de mistura de etanol e biodiesel.

A mistura de etanol anidro na gasolina tipo C passará dos atuais 27% para 30% (E30), enquanto o percentual mínimo obrigatório de biodiesel ao óleo diesel subirá de 14% para 15% (B15). A relevância do Brasil nessa agenda ficou clara com a declaração sobre sustentabilidade dos biocombustíveis assinada durante a presidência brasileira do G20. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, entendeu o valor que a cadeia do etanol tem para o País: internamente, gerando emprego e renda, diminuindo o preço da gasolina, reduzindo as emissões de CO2 e melhorando a qualidade do ar e, externamente, conferindo protagonismo geopolítico ao Brasil. Foi destacado ainda o impacto internacional da atuação brasileira. Países como Japão e Índia estão adaptando seus modelos ao padrão brasileiro de biocombustíveis, com metas de incorporação de etanol cada vez mais ambiciosas.

A Associação das Indústrias de Bioenergia de Mato Grosso (Bioind-MT) classificou como "avanço histórico para o Brasil" a decisão do governo federal de elevar a mistura obrigatória de etanol anidro na gasolina de 27% para 30% (E30). A entidade destacou que a medida consolida a soberania energética do País em um momento de grandes incertezas geopolíticas. A entidade ressaltou ainda os benefícios ambientais e econômicos da decisão. Além de contribuir diretamente para a redução das emissões de gases de efeito estufa, o E30 amplia a competitividade do setor sucroenergético e gera benefícios relevantes para a balança comercial brasileira, ao reduzir a necessidade de importação de combustíveis fósseis. O Bioind-MT destacou o papel estratégico de Mato Grosso na nova configuração do mercado de biocombustíveis.

O Estado é o maior produtor de etanol de milho do País, commodity que ganhou relevância crescente na matriz energética nacional nos últimos anos. Com a mudança, Mato Grosso, maior produtor de etanol de milho do País, deverá ter um impacto significativo, com um aumento na demanda pelo biocombustível. Trata-se de uma oportunidade para acelerar o desenvolvimento regional, gerar emprego e renda, além de posicionar o Estado como protagonista da nova matriz energética nacional. A mudança na mistura deve beneficiar especialmente as usinas de etanol de milho, que se expandiram rapidamente em Mato Grosso, aproveitando a abundante oferta do cereal no Estado. Diferentemente do etanol de cana-de-açúcar, concentrado principalmente no Centro-Sul, a produção de etanol de milho tem forte presença na Região Centro-Oeste.

A entidade também elogiou a condução da política energética pelo Ministério de Minas e Energia. O Brasil reafirma seu protagonismo global em energia limpa e inovação com base em sua matriz renovável. O Bioind-MT parabeniza o Ministério de Minas e Energia por liderar essa agenda com responsabilidade, visão estratégica e diálogo com o setor produtivo. A medida integra a Lei do Combustível do Futuro e vinha sendo defendida pelo ministro Alexandre Silveira. Recentemente, testes do Instituto Mauá de Tecnologia comprovaram a viabilidade técnica e ambiental do aumento do etanol para o E30. A elevação da mistura de etanol anidro na gasolina para 30% (E30) pode transformar Mato Grosso em um dos grandes protagonistas da nova matriz energética nacional. Trata-se de uma oportunidade para acelerar o desenvolvimento regional, gerar emprego e renda, além de posicionar o Estado como protagonista da nova matriz energética nacional.

Como maior produtor de etanol de milho do País, Mato Grosso tende a se beneficiar diretamente da nova mistura, com aumento na demanda e estímulo ao crescimento industrial e agrícola. O E30 reforça a transição energética brasileira, valoriza a produção local e fortalece a soberania do País em um momento de incertezas geopolíticas. Além de contribuir diretamente para a redução das emissões de gases de efeito estufa, o E30 amplia a competitividade do setor sucroenergético e gera benefícios relevantes para a balança comercial brasileira, ao reduzir a necessidade de importação de combustíveis fósseis. O Bioind MT também elogiou a condução do Ministério de Minas e Energia na pauta. O Brasil reafirma seu protagonismo global em energia limpa e inovação com base em sua matriz renovável. O MME tem atuado com responsabilidade, visão estratégica e diálogo com o setor produtivo.

A Petrobras avalia que o aumento do teor de etanol na gasolina, e do biodiesel no diesel, divulgado nesta quarta-feira (25/06) pelo governo, deve levar a estatal a fazer adaptações em seu plano de investimentos para o período 2026-2030, que está em elaboração. A Petrobras historicamente sempre alavancou os projetos voltados a biocombustíveis. É uma empresa que efetivamente, além de atender o seu planejamento estratégico, se alinha com as determinações também do Planejamento Estratégico Nacional, que derivam do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética). Se assim for definido, a Petrobras vai fazer adaptações no plano de negócios dela, e, seguindo toda a governança, vai definir a participação ou não em empresas na área de biocombustíveis.

O ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Paulo Teixeira, afirmou que a elevação das misturas obrigatórias de biodiesel e etanol nos combustíveis marca um passo importante na segurança e na transição energética do Brasil. O programa que promove a adoção do B15 (15% de biodiesel no diesel) e do E30 (30% de etanol na gasolina) é um exemplo de política pública que alia "soberania energética e soberania alimentar". O aumento das misturas ajuda a promover segurança alimentar, ao estimular a produção agrícola integrada à geração de energia limpa e renovável, como o esmagamento de soja e milho que, além dos biocombustíveis, fornece ração para a produção de proteína animal.

A elevação das misturas afasta qualquer debate de disputa entre segurança energética e alimentar. A arquitetura do programa, que inclui investimentos diretos nas cooperativas da agricultura familiar, tira qualquer disjuntiva entre produzir alimento ou energia. De acordo com o ministro, apenas em 2025, o governo já investiu R$ 6 bilhões nas cooperativas vinculadas ao Selo Biocombustível Social, que garante destinação dos recursos a produtores familiares. Só para as Regiões Norte e Nordeste estão previstos R$ 1 bilhão em investimentos para apoiar a agricultura familiar e garantir o aumento da oferta de alimentos nessas regiões. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.