23/Jun/2025
O Itaú BBA projeta queda de 6% tanto na produção quanto no consumo de etanol na safra 2025/2026, com destaque para a retração de 14% na produção a partir da cana-de-açúcar. A projeção ocorre mesmo com o avanço de 17% na produção de etanol de milho, segundo relatório do banco. Apesar da pressão de curto prazo nos preços, a expectativa é de alta na relação do preço do etanol em comparação com a gasolina, na bomba, especialmente no segundo semestre da safra. A expectativa de produção de etanol na safra 2025/2026 é de uma queda de 6% frente à safra passada, apesar do aumento de 17% no etanol de milho, a produção à base cana deve cair 14%.
Do lado da demanda, o consumo de etanol hidratado deve cair 12%, enquanto o de etanol anidro recuaria 4%. O impacto mais forte será sentido após o pico de produção de etanol de cana-de-açúcar, em agosto. O consumo de etanol hidratado no período abril-agosto de 2025 deve ser 4% inferior ao do mesmo período de 2024 e, entre setembro e março, a queda pode chegar a 18%. Mesmo com a oferta em alta no curto prazo, o Itaú BBA projeta que os preços do etanol devem se recuperar mais adiante.
Se essa estimativa se concretizar, a redução de consumo deveria levar a uma alta de preços relativos necessária para restringir a demanda. Na média da safra, a relação entre o preço do etanol e o da gasolina na bomba no estado de São Paulo deve subir de 67% em 2024/2025 para 72% em 2025/2026. As perspectivas para o preço do etanol no mercado doméstico apresentam duas realidades diferentes: no curto prazo, deverá ficar pressionado; já para a safra como um todo, a tendência é de valorização relativa frente à gasolina. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.