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17/Jun/2025

Açúcar: preços pressionados por recuos externos

Em São Paulo, os preços médios do açúcar cristal negociados no mercado spot seguem em queda. A pressão vem sobretudo da desvalorização externa. Na semana passada, o primeiro vencimento (Julho/2025) negociado na Bolsa de Nova York caiu por quatro sessões consecutivas. No spot nacional, a oferta do cristal de melhor qualidade, o tipo Icumsa 150, segue restrita, e chuvas no início de junho, inclusive, dificultaram a produção. Porém, nem mesmo esse cenário tem dado sustentação aos preços no mercado doméstico. O Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, está cotado a R$ 125,53 por saca de 50 Kg, forte recuo de 4,76% nos últimos sete dias (R$ 131,80 por saca de 50 Kg) e o menor patamar desde 11 de outubro de 2022, quando o Indicador fechou nominal a R$ 125,65 por saca de 50 Kg.

No balanço dos últimos sete dias, a média do Indicador é de R$ 128,34 por saca de 50 Kg, queda de 3,66% no período (R$ 133,22 por saca de 50 Kg). Na Bolsa de Nova York, os contratos são influenciados por uma monção antecipada e acima da média na Índia e na Tailândia, que elevou as estimativas de produção nestes países. Ademais, a Índia, segundo maior produtor global de açúcar, deve registrar excedente produtivo por pelo menos dois ciclos consecutivos, em função da expansão da área cultivada e das chuvas superiores à média histórica nos principais estados. A Federação Nacional das Cooperativas projeta produção de 35 milhões de toneladas para a safra 2025/2026, alta de quase 20% em relação ao ciclo anterior.

Diante desse cenário, o país poderá retomar as exportações, após dois anos de restrições impostas pela escassez de oferta decorrente de condições climáticas adversas. O contrato Julho/2025 na ICE Futures está cotado a 16,13 centavos de dólar por libra-peso, queda de 2,19% nos últimos sete dias. Em São Paulo, o Indicador do Cristal Empacotado está cotado a R$ 16,32 por saca de 5 Kg, queda de 0,84% nos últimos sete dias. O açúcar refinado amorfo está cotado a R$ 3,57 por saca de 1 Kg, baixa de 0,17% no mesmo período. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.