28/May/2025
Os contratos futuros de açúcar fecharam em baixa nesta terça-feira (27/05) na Bolsa de Nova York. O contrato com vencimento julho/2025 recuou 7 pontos (0,40%), e fechou a 17,22 centavos de dólar por libra-peso. Os preços foram pressionados pelo recuo do petróleo nos mercados internacionais, o que piora a competitividade relativa do etanol. Além disso, a expectativa de superávit global na oferta em 2025/2026 pesa sobre os futuros. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) apontou em relatório para uma produção mundial recorde de 189,32 milhões de toneladas, alta de 4,7% em relação ao ciclo anterior.
A demanda também crescerá, mas em ritmo mais lento, com projeção de 177,92 milhões de toneladas. Como resultado, os estoques globais devem subir 7,5%, para 41,19 milhões de toneladas. O Itaú BBA projeta um leve aumento na produção brasileira de açúcar na safra 2025/2026, mas reconhece incertezas quanto à produtividade no Centro-Sul. A moagem está projetada em 590 milhões de toneladas, 5% menor que da safra 2024/2025.
Assumindo um ATR médio de 141,0 Kg/tonelada de cana-de-açúcar (frente aos 141,2 Kg em 2024/2025), e um mix de açúcar de 52,0% (ante 48,1% na safra anterior), a estimativa de produção de açúcar é de 41,2 milhões de toneladas, um crescimento de 2,7% comparando com a safra anterior. Ainda no Centro-Sul, a produção de açúcar na região deve totalizar 2,29 milhões de toneladas na primeira quinzena de maio, o que representa queda de 11,5% ante igual período do ano passado. Os dados são de uma pesquisa realizada com 23 analistas pelo Platts, da S&P Global Commodity Insights. A redução ocorre em meio aos impactos das chuvas intensas no fim de abril, que atrasaram o início da moagem em algumas usinas e prejudicaram a qualidade da cana-de-açúcar.