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26/May/2025

Cana: CTC quatro prepara lançamentos e adia o IPO

O Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) projeta um ciclo promissor para os próximos anos, com a expectativa de lançar quatro novas variedades de cana-de-açúcar na temporada 2026/2027. Os materiais atualmente em fase de pré-lançamento já passaram pelos principais critérios de performance e agora são testados em condições reais de campo. Quando se fala em pré-lançamento, significa que o ciclo de melhoramento se encerrou, ou seja, o time de pesquisa chegou a quatro produtos que atingiram os targets desejados. Apesar de ainda não serem considerados oficialmente lançados, esses materiais já começam a ser multiplicados por produtores parceiros. Às vezes o pré-lançamento acaba funcionando quase como um lançamento. O cliente já vê os resultados em sua fazenda e decide multiplicar os materiais. Dois dos quatro pré-lançamentos têm foco específico na Região Nordeste, o que sinaliza uma ampliação do escopo geográfico da empresa.

O CTC já começou a ter produtos específicos para o Nordeste, o que reforça o compromisso com o investimento em melhoramento genético para esta região. A evolução da frente de sementes também foi destacada. 2025 é um ano fundamental para a coleta de dados e validação dos materiais. Foi ampliado o número de locais plantados e o número de variedades testadas. Há bastante otimismo com o desempenho observado, comparando a performance da semente com o plantio convencional. Na área de biotecnologia, o CTC mantém o desenvolvimento de 12 produtos. O foco também está na regulamentação. O objetivo é conseguir, ainda neste ano, submeter pelo menos uma variedade, o que é fundamental para o pipeline de lançamentos. O CTC prevê uma aceleração no ganho de participação de mercado nos próximos ciclos, com a adoção crescente de suas variedades mais modernas de cana-de-açúcar. O share de plantio nos últimos dois anos tem sido bem superior ao market share de cultivo.

O portfólio mais moderno do CTC já responde por 70% do plantio feito com variedades da empresa. Essa adoção, no entanto, ainda não se reflete integralmente na área cultivada, o que deve mudar com o tempo. Para dar um exemplo: com 17% de market share em cultivo, o CTC teve 27% de share de plantio no mesmo ano. Com o tempo, esse plantio precisa se refletir em cultivo, e é isso que se espera ver nos próximos ciclos. Para esta safra, os resultados do plantio já vão começar a aparecer. Na safra anterior, houve ganho de 1% de market share de cultivo, além de mais 1% nesta safra. A expectativa é que a aceleração do crescimento seja ainda mais perceptível nos próximos ciclos. A expectativa agora é que esse crescimento se acelere, chegando a 2% ou 3% nas próximas safras, capturando os resultados do plantio anterior. O CTC continua com a intenção de abrir o capital, mas aguarda um cenário mais favorável para a realização do IPO. O CTC comunicou ao mercado que obteve junto à B3 uma prorrogação de dois anos para alcançar o percentual mínimo de ações em circulação exigido pelo segmento Bovespa Mais.

A prorrogação foi solicitada com base no item 14.4 do regulamento do Bovespa Mais e aprovada pela Superintendência de Listagem e Acompanhamento de Empresas da B3 em 14 de maio. A regra estabelece que ao menos 25% do capital social da companhia esteja em circulação, patamar que ainda não foi atingido. A abertura de capital segue no radar, embora o momento macroeconômico ainda não seja o ideal. A prorrogação do prazo para o free float até 2027 é uma evidência do comprometimento com esse objetivo. A companhia continua se preparando internamente para aproveitar uma futura janela de oportunidade. Ajustes como esse são naturais. Quando houver uma valorização compatível e o mercado estiver receptivo, a CTC estará pronto para avançar. A companhia tem apostado no avanço de projetos estratégicos, como o de sementes biotecnológicas, para ampliar sua presença no setor sucroenergético e sustentar um plano de crescimento que pode, no futuro, ser alavancado com recursos captados no mercado de capitais. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.