26/May/2025
A consultoria Czarnikow projeta uma recuperação da moagem de cana-de-açúcar na Tailândia para a safra 2025/2026, estimando uma colheita entre 105 milhões e 110 milhões de toneladas. O volume representa uma alta de 14% a 19% em relação aos 92,2 milhões de toneladas processadas em 2024/2025, ano marcado por estiagem severa e entraves logísticos. A melhora esperada na produção está ancorada, sobretudo, em um clima mais favorável no segundo semestre de 2025, período que coincide com a fase de maior crescimento da cana. A expectativa do Departamento Meteorológico da Tailândia é de chuvas mais abundantes em comparação com o ano anterior, um fator crítico após o desempenho abaixo do esperado entre janeiro e março, mesmo sendo tradicionalmente uma estação seca. Qualquer déficit de precipitação pode tornar nossa projeção de produtividade otimista demais. Outro fator que pode impulsionar a produção é o aumento da área plantada.
Deve haver um crescimento de cerca de 3% na área dedicada à cana-de-açúcar, impulsionada pelos preços mais altos do açúcar em 2024 e pela queda acentuada no valor da mandioca, o que pode levar produtores a migrar de cultura. Apesar do cenário mais otimista, a política do governo tailandês que limita a 25% o volume diário de cana-de-açúcar queimada aceito pelas usinas continua sendo um obstáculo relevante. A medida, que já afetou a safra atual, pode permanecer em vigor e comprometer a fluidez da moagem também em 2025/2026. Na safra recém-encerrada, a consultoria esperava inicialmente uma colheita de 110 milhões de toneladas, embasada em vistorias de campo que mostravam expansão de área e lavouras vigorosas. No entanto, a forte estiagem no primeiro trimestre de 2024 afetou o desenvolvimento das plantas em um momento crucial, e a distribuição irregular das chuvas entre maio e setembro comprometeu o potencial produtivo das lavouras. A alguns produtores, diante do clima errático, podem ter optado por arrancar a cana-de-açúcar e substituí-la por outras culturas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.