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23/May/2025

Etanol precisa expandir presença regional e global

A UISA (ex-Usinas Itamarati) defendeu a necessidade de o etanol atingir novos mercados e conseguir expandir a sua presença regional e global para evitar o risco de excesso de oferta. Entre as soluções para aumentar a demanda, está o avanço do programa E30, que deve absorver cerca de 1,5 bilhão de litros de etanol a mais. Além disso, é importante a expansão do consumo em estados como Rondônia, Pará, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Os mercados externos também são importantes para a expansão do etanol brasileiro. A Ásia é um grande consumidor de etanol, com países como Japão, Coreia e Paquistão aumentando seus programas para fugir da dependência do combustível fóssil. Há ainda a possibilidade de atender mercados como Índia e Austrália, países com geografia e geopolítica relevantes.

Foi destacado também o uso do etanol como vetor de transição energética, com o combustível marítimo e o combustível sustentável de aviação (SAF). Essas iniciativas estão começando agora, e o trabalho será conjunto entre setor privado e poder público. A produção de etanol de milho cresceu rapidamente nos últimos anos. Se não fosse o milho produzido em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o Brasil estaria energeticamente com problemas nesses últimos dez anos", disse. Em 2018, a produção de etanol de milho era praticamente zero, e neste ano deve chegar a cerca de 10 bilhões de litros, atendendo 25% da oferta total de etanol. A Evermat afirmou que a maior barreira para o crescimento da agroindústria brasileira está na regulação governamental, em uma crítica direta à demora para entrada em vigor do E30, a mistura de 30% de etanol anidro à gasolina.

Quando o governo sinaliza um aumento para o E30 e demora sete, oito meses para viabilizar, ele acaba estrangulando o setor. A sinalização vem, o mercado responde, os investidores acreditam, e aí vêm os projetos. Mas muitos deles não têm viabilidade econômica. Apesar da intenção de ampliar a capacidade produtiva, o excesso de burocracia e a demora na liberação de licenças ambientais comprometem a viabilidade econômica dos projetos. Tem a parte ambiental, que depende muito do Estado para liberar licença, e isso é o grande gargalo. Foi ressaltada a importância da agroindústria para a geração de renda, especialmente dos municípios e Estados. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.