16/May/2025
Os contratos futuros de açúcar fecharam em baixa nesta quinta-feira (15/05) na Bolsa de Nova York. O contrato com vencimento julho/2025 recuou 39 pontos (2,16%), e fechou a 17,67 centavos de dólar por libra-peso. Os preços recuaram com a desvalorização do petróleo, que piora a competitividade relativa do etanol. Além disso, projeções de superávit global pesaram sobre as cotações. Enquanto a Datagro fala em 1,53 milhão de toneladas, a Czarnikow prevê um robusto superávit de 7,8 milhões em 2025/2026, ainda que a sua previsão anterior fosse de 9 milhões de toneladas.
A StoneX, por sua vez, projetou superávit global de açúcar de 3,74 milhões de toneladas em 2025/2026. Para a safra 2024/2025, a Organização Internacional do Açúcar (OIA) revisou para cima o déficit global, agora estimado em 5,466 milhões de toneladas. Contudo, há incertezas sobre a produção de açúcar no Centro-Sul do Brasil. Dados de abril da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) frustraram as expectativas, com moagem abaixo do projetado. Além disso, a Datagro avaliou que a moagem no início da safra tem sido "desapontadora", especialmente em São Paulo e Minas Gerais, com canaviais apresentando entre 15% e 20% de queda no desenvolvimento. Em Goiás, o cenário é mais positivo, com impacto menor do clima.