16/May/2025
A Czarnikow reduziu sua estimativa para o superávit global de açúcar na safra 2025/2026, mas ainda projeta um excedente robusto de 7,8 milhões de toneladas, o segundo maior da última década. Em março, a previsão era de uma sobra próxima de 9 milhões de toneladas. A revisão foi motivada por ajustes na produção esperada em algumas regiões, como Rússia e União Europeia, diante de desafios climáticos. A produção global foi estimada em 187,2 milhões de toneladas, abaixo da previsão anterior, de 188,7 milhões de toneladas, mas ainda representando o segundo maior volume da história, atrás apenas do ciclo 2017/2018.
A recomposição de estoques está mantida, apesar da correção. O excedente ainda será suficiente para compensar parte da redução acumulada desde 2020. A revisão também considerou riscos climáticos que permanecem no radar. As principais regiões produtoras do Hemisfério Norte estão entrando no período mais importante para o crescimento da cana-de-açúcar e da beterraba, com exigência elevada de umidade. Geadas recentes na Rússia já levaram agricultores a replantar áreas de beterraba, e a previsão para a colheita foi rebaixada.
Na União Europeia e Reino Unido, o tempo seco favoreceu a semeadura, mas chuvas normais serão essenciais nas próximas semanas. Por outro lado, a previsão de consumo foi mantida em 179,4 milhões de toneladas. Não haverá crescimento significativo na demanda por açúcar em 2025/2026, devido à inflação dos alimentos, à maior preocupação com a saúde e ao avanço dos medicamentos que reduzem o apetite. Esta é uma das principais divergências entre a visão da consultoria e a do mercado. A Czarnikow projeta queda gradual no consumo dos Estados Unidos desde 2024, o que deve se estender a outros países do G20 até 2026. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.