15/May/2025

Os contratos futuros de açúcar fecharam em baixa nesta quarta-feira (14/05) na Bolsa de Nova York. O contrato com vencimento julho/2025 recuou 16 pontos (0,88%), e fechou a 18,06 centavos de dólar por libra-peso. Os preços foram pressionados por um ajuste técnico, após forte valorização no pregão de ontem. O recuo do petróleo também pesou, piorando a competitividade relativa do etanol. Além disso, a perspectiva de superávit global de 3,7 milhões de toneladas para a temporada 2025/2026 segue no radar, conforme estimativa da StoneX. Ainda, a Datagro projetou um superávit global de 1,53 milhão de toneladas em 2025/2026, recuperando-se de um déficit de 4,67 milhões de toneladas em 2024/2025.

Apesar disso, a grande incerteza continua sendo o Brasil. A nova safra começa com uma ampla variação nas projeções, que vão de 39 milhões de toneladas a 42,6 milhões de toneladas. Uma diferença de 3,6 milhões de toneladas, pouco abaixo da produção total da Austrália. A Datagro estimou que a moagem de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil deve totalizar 607,6 milhões de toneladas em 2025/2026, queda de 2,3% ante o volume de 621,9 milhões de toneladas da safra passada. A União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) reportou queda expressiva na moagem de cana-de-açúcar na segunda quinzena de abril na região. A moagem caiu quase 50% na comparação anual, enquanto a produção de açúcar recuou 53,79% no período. As usinas do Centro-Sul do Brasil processaram 17,725 milhões de toneladas de cana-de-açúcar e produziram 856 mil toneladas de açúcar.