14/May/2025

Segundo a StoneX, a safra global de açúcar 2025/2026 deve registrar superávit de 3,7 milhões de toneladas. O resultado marca o terceiro superávit nos últimos quatro ciclos, com destaque para uma alta de 4,3% na produção mundial, frente a um crescimento mais tímido de 0,8% no consumo. O superávit desenha uma figura positiva para o mercado, mas que pode ser negativa em termos de rentabilidade; tudo isso, dependendo, cada vez mais, dos resultados produtivos no seu grande fiel da balança: o Brasil.

Entre os principais produtores e exportadores globais, como Brasil, Índia, Tailândia e Paquistão, a expectativa é de crescimento da produção, o que reforça a leitura de um mercado bem abastecido mesmo no médio prazo. Desde outubro de 2024, as cotações futuras do açúcar na Bolsa de Nova York operam com tendência predominantemente baixista, apesar de momentos pontuais de alta causados por preocupações com a oferta.

Ainda assim, os fundamentos indicam um mercado com ampla disponibilidade do produto. A temporada atual 2024/2025, que vai de outubro a setembro, está sendo marcada por um déficit de quase 3 milhões de toneladas. No entanto, esse desequilíbrio não tem se refletido sobre os preços internacionais. Isso porque os superávits anteriores, em especial o de 2023/2024, promoveram uma recomposição relevante dos estoques nos países consumidores, o que vem permitindo que a demanda seja atendida sem a necessidade imediata de importações.

O déficit de 2024/2025 tem sido absorvido com o uso de estoques e não com uma reação mais intensa nas compras externas. Ainda assim, esse movimento deve se reverter a partir do terceiro trimestre de 2025, quando se espera uma retomada mais forte das importações. Até lá, os compradores vêm postergando aquisições, à espera de preços mais baixos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.